Por Xico Sá, na Folha de São Paulo deste sábado (27) SÓ NA baixaria se diz a verdade em política.

A peleja eleitoral de SP que o diga.

Nas faixas, nos panfletos e toda sorte de dizeres apócrifos.

Como nas cartas anônimas que denunciavam os amantes de antigamente.

Nunca houve jogo limpo em política.

Nem aqui nem em Tegucigalpa ou na China.

Sei que você, amigo, gosta de discutir loucamente programa de governo, como se eles fossem algum dia seriamente cumpridos.

Ao rés do chão, porém, é que se faz a real-politik.

Programa de governo é tão falso quanto uma promessa de amor depois de uma D.R., a mitológica discussão de relação.

Não leva a nada.

A gente até sabe o que é proposta falsa e o que é proposta mais ou menos verdadeira.

Confesso que gosto de baixaria em política.

Como se fosse a única lente possível para a gente vislumbrar uma suposta verdade.

Gosto quando vira uma espécie de luta livre na lama.

Baixaria é transparência.

O mais é falso.

O mais é neutralidade suspeita.

Aqui incluindo nosso mundo midiático. É na baixaria que se revela o homem e o animal agonizante sob o desespero da derrota.

Acho isso humanamente bonito.

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