Foto: reprodução Neste sábado (27), em uma reunião chamada às pressas pelo Diretório do PT no Recife, por convocação de alguns membros, aliados do senador Humberto Costa (PT) e do deputado federal João Paulo (PT) tentaram aprovar um documento que posiciona o partido como indepente na Câmara dos Vereadores próximo ano.
Em uma votação duvidosa, o encontro acabou no empate, 22 a 22.
Em Pernambuco, mesmo sem clima, PT marca para dia 29 reunião de balanço Por onde andam Humberto e João Paulo Apenas um dos 45 membros do diretório não compareceu, Vinícius Carvalho.
A contagem dos votos tinha acabado com 22 a 21 pela não aprovação do documento, mas, anunciado o resultado, houve uma pressão para que a contagem fosse feita novamente.
Um membro que não havia votado decidiu dar sua opinião e o resultado final terminou em 22 a 22.
Uma nova reunião será marcada para desempatar a votação, mas nenhuma data foi definida.
A tropa escalada por Humberto e João Paulo para comandar o movimento em defesa do documento foram os vereadores Jurandir Liberal (presidente da Câmara) e Múcio Magalhães, o ex-secretário de Saúde do Recife, Gustavo Couto, o secretário-geral do PT municipal, Rosano Carvalho, além de Dilson Peixoto.
Entretanto, o grupo encontrou resistência entre os próprios aliados.
Após o prefeito João da Costa (PT) ter sido rifado pelo próprio partido de tentar a reeleição, o nome de Humberto foi imposto como candidato pela Executiva Nacional petista.
O senador esperava o apoio do governador Eduardo Campos (PSB), o que não ocorreu.
Pelo contrário, o socialista lançou um postulante próprio, Geraldo Julio (PSB), que venceu o pleito.
Em uma chapa composta também por João Paulo, Humberto amargou o terceiro lugar.
Desde então, o senador costura nos bastidores a saída do PT da base socialista, mas encontra resistência dentro da própria corrente, a Construindo um Novo Brasi (CNB).
Além da saída do PT da Frente Popular, o texto que tentaram aprovar neste sábado (27) ainda colocava a legenda contrária à Parceria Público Privada (PPP) do Saneamento - projeto do Governo do Estado -, atribuía ao PSB a divisão da Frente Popular do Recife e previa que o PT não iria indicar nomes para assumir cargos no governo de Geraldo. “O processo eleitoral também representou o ressurgimento dissimulado do antipetismo.
Nossos aliados se distanciaram de bandeiras importantes da nossa história, como o combate à privatização de serviços essenciais, como saneamento e esgoto, o equilíbrio necessário entre o desenvolvimento e a sustentabilidade”, diz o texto.
Em outro trecho, o documento usa como argumento para o PT ficar independente na Câmara a necessidade de reflexão interna. “O partido terá a independência e autonomia necessárias para recompor sua organização interna e reanimar a militância com suas energias voltadas para a defesa do projeto democrático e popular”, afirma o documento.
Uma reunião da Executiva Estadual do PT está marcada para esta segunda-feira (29), às 19h, na sede da sigla.
Esta sim parece que vai ajudar a legenda a, por meio do diálogo, decidir seu futuro.