Foto: divulgação/Raul Jungmann Por Raul Jungmann, vereador eleito do Recife pelo PPS Disse o governador Eduardo Campos que o apagão que atingiu, por cinco horas, o Norte e o Nordeste do País na madrugada dessa sexta-feira (26), foi uma “fatalidade” (leia aqui).

Com a devida vênia, discordo.

Só de setembro para cá foram quatro os apagões em escala regional, envolvendo vários estados.

E 15 dentras as 33 maiores operadoras de enegia, ultrpassaram o teto de cortes estipulado pelo ONS - Operador Nacional do Sistema Elétrico.

Para mim, a fatalidade do apagão erá previsível e estava contratada dada a precária manutenção do sistema eletríco nacional, que vem se degradando ao longo do tempo.

E a perspectiva é de piora.

A medida provisória que reduziu tarifas, baixada pela presidente Dilma, se trouxe ganhos para industrias e consumidores, derrubou em 30% o valor de mercado das empresas e detonou o ambiente de negócios do setor.

Ou seja, os investidores privados reduzirão os seus investimentos presentes e futuros ainda mais, como estão fazendo, por razões semelhantes, na área do petróleo e infraestrutura em geral.

De quebra, os reservatórios das nossas hidrelétricas estão em nível crítico e todas as termelétricas, por ordem de Brasília, funcionando a pleno vapor para economizar água.

Se este ano - ou no próximo - crescéssemos de 3.5 a 4%, e não o 1.5% por cento que está previsto, o apagão seria uma “fatalidade” irreversível e nosso futuro ficaria as escuras.