(Foto: reprodução) Com os votos dos ministros Joaquim Barbosa, Ayres Britto, Celso de Mello, Luiz Fux, Gilmar Mendes e Marco Aurélio, 13 réus, incluindo José Dirceu, foram condenados por formação de quadrilha.

O ex-ministro da Casa Civil já havia sido condenado por corrupção ativa e agora tem seu nome confirmado como líder do “mensalão”, esquema de compra de votos da Câmara Federal, denunciado pela Procuradoria-Geral da República há sete anos. “José Dirceu realmente teve uma participação acentuada nesse escabroso episódio”, disse o ministro Marco Aurélio ao dar o sexto voto, sentenciando o destino do petista.

Votaram pela absolvição os ministros Ricardo Lewandowski, Rosa Weber, Cármen Lúcia e Dias Tóffoli.

O tempo da pena e o regime em que ela será cumprida ainda são incertos.

Dirceu ainda será julgado por formação de quadrilha no curso da ação penal.

A depender do veredito nessa acusação, ele tanto poderá passar alguns anos trancafiado quanto cumprir sua pena em regime aberto.

O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, o ex-presidente nacional do PT José Genoíno, o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, o publicitário Marcos Valério e seus sócios, Ramón Hollerbach e Cristiano Paz, o advogado Rogério Tolentino, a ex-diretora administrativa da SMP&B Simone Reis, a ex-presidente do Banco Rural Kátia Rabello, o ex-executivo do Banco Rural José Roberto Salgado.

Também foram condenados o ex-deputado federal Pedro Corrêa (PP), o ex-assessor de um deputado federal João Cláudio Genu e o ex-sócio da corretora Bônus Banval Enivaldo Quadrado.

Foram inocentados do crime de formação de quadrilha a ex-gerente financeira da SMP&B Geiza Dias, a ex-executiva do Banco Rural Ayanna Tenório, o deputado federal Pedro Henry (PP), o ex-sócio da corretora Bônus Banval Breno Fischberg, ex-assessor da liderança do PL na Câmara Antônio Lamas.

O presidente do STF, Ayres Britto, deve definir o futuro dos réus que estão com o julgamento empatado.

São eles o ex-dietor (hoje vice-presidente) do Banco Rural Vinícius Samarane, o deputado federal Valdemar Costa Neto (PP) e o ex-tesoureiro do PL (hoje PR) Jacinto Lamas.