Na Folha de São Paulo, no sábado A presidente Dilma e o ex-presidente Lula vão hoje a Campinas (SP) reforçar a campanha de Marcio Pochmann (PT) e tentar evitar uma dupla derrota na cidade.

Eles participam de um comício do candidato petista, que disputa a prefeitura contra Jonas Donizette (PSB).

Segundo a última pesquisa Ibope, há um empate técnico nas intenções de voto: 45% para Donizette e 39% para Pochmann (cuja pronúncia é “póchimam”).

A margem de erro é de quatro pontos percentuais para mais ou para menos.

Perder para Donizette significa permitir a entrada do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), em São Paulo e dar força a trajetória dele rumo à disputa presidencial de 2014 e ao projeto de reeleição de Geraldo Alckmin (PSDB).

No Estado, o PSB é aliado dos tucanos. “Eduardo Campos mencionou que a disputa em Campinas tem mais peso para o PSB do que algumas capitais”, afirmou Donizette à Folha. “[É] Fundamental para a estratégia do PSB a nossa presença no Sul e Sudeste, principalmente São Paulo.

Campinas é uma grande porta de entrada”, disse o vice-presidente do PSB, Roberto Amaral.

Uma vitória petista diminui ainda a base de Alckmin para a disputa pela reeleição.

O PSDB paulista tem hoje 200 prefeituras.

No primeiro turno elegeu 173 prefeitos e agora pode eleger apenas mais sete.

Em Campinas, o vice da chapa socialista é o tucano Henrique Teixeira.

O secretário-geral do PSDB, Rodrigo Castro, afirmou que vencer a disputa em Campinas é um “ativo político” para uma futura disputa.

Para Pochmann, não há relação entre as duas disputas.

Mas ele diz acreditar que a aliança entre PSB e PSDB esteja entre as motivações da vinda de Dilma à cidade. “Essa eleição ganha relevo porque é a disputa entre dois modelos: a forma do governo federal para reduzir pobreza e uma alternativa oposta.” Pochmann, 50, era pouco conhecido na cidade até o início da campanha.

Ex-presidente do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) e ex-secretário de Desenvolvimento da gestão Marta Suplicy (PT) em São Paulo, ele foi uma indicação de Lula.

O comício em Campinas será o primeiro a reunir no palanque, no segundo turno, os dois nomes mais fortes do PT.

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