Foto: reprodução Foi montado, na Câmara dos Deputados, o ringue para votação da Medida Provisória nº 579, a chamada MP do Setor Elétrico, proposta pela presidente Dilma Rousseff (PT) para reduzir em 16% a tarifa de energia para consumidores e em até 28% para as empresas.

A comissão mista foi instalada nessa quarta-feira (17) e o deputado federal Fernando Ferro (PT-PE), engenheiro da Chesf, foi escalado para atuar na linha de frente em defesa do governo federal, que precisará enfrentar o PSDB para aprovar o texto.

Os trabalhos iniciam no dia 31 deste mês e, de acordo com Ferro, devem ser concluído em novembro ou dezembro, dentro do cronograma da presidente, que prevê a redução já no início do ano que vem.

Até lá, serão feitas audiência públicas com as empresas para discutir o caso. “Algumas empresas e algumas pessoas estão achando que o prazo dado é curto para algumas mudanças.

O PSDB está reagindo porque não querem que a redução de tarifa seja feita com perda de receita das empresas estatais e estaduais”, explicou Ferro. “Na verdade, as empresas terão que se adequar, como a Chesf fez.

A perda de receita não inviabiliza as empresas.

O Brasil precisa reduzir suas tarifas”, defendeu.

Os tucanos detêm a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e a Companhia Paranaense de Energia (Copel) e temem perder receita lá.

Do seu lado, a fala oficial do PSDB é que não pode haver pressa, apesar de ser válida a redução. “Achamos que faltou debate e sobrou rigidez.

Todos queremos a redução das tarifas, mas essa proposta foi apresentada às vésperas das eleições, com oportunismo.

Existe incerteza e insegurança dos investidores.

A redução das tarifas pode não acontecer da maneira como a presidente anunciou”, disse o deputado Antonio Imbassahy (BA), o escalado pelo partido no caso, à coluna de Tereza Cruvinel, do jornal Correio Braziliense.