(Foto: Blog de Jamildo) Por Ayrton Maciel No Jornal do Commercio desta terça-feira Atônita, insegura e passiva quanto ao futuro imediato do partido, após a derrota eleitoral para o aliado PSB no Recife - que ainda deixou a legenda em terceiro lugar no pleito -, a bancada do PT na Assembleia Legislativa está decidida, entretanto, a permanecer na base de apoio do governo Eduardo Campos (PSB), rejeitando a ida para a oposição.

Deputados cobraram do PT estadual, na última segunda-feira (15), a autocrítica do processo de indicação do candidato a prefeito, para reconhecer erros e buscar a recomposição da legenda, além de aguardar os resultados do segundo turno no País, antes de discutir o seu futuro em Pernambuco.

O deputado André Campos, todavia, radicalizou com uma ameaça: “Se o PT for para a oposição, eu fico na base de Eduardo sob qualquer hipótese.

Não aceito nem posição de independência”, adiantou.

Campos está no PT há dez anos e nega a possibilidade de sair.

A deputada Teresa Leitão defendeu também a permanência na base do governo - a Frente Popular na Assembleia - e alertou que uma tomada de posição agora pela oposição “racharia ainda mais o partido”.

Um outro obstáculo para esse caminho, segundo Teresa, é que embora o PSB tenha dito que a disputa do Recife era municipal, “houve o componente da nacionalização”, o que obriga o PT a esperar os resultados do segundo turno, quando petistas e socialistas vão disputar em várias cidades. “Se não houver uma unificação no PT, pode dar nisso: um deputado ficar contra a decisão do partido.

Além do que o PT tem um projeto nacional com o PSB.

Como vai ficar a relação de Eduardo com a presidente Dilma pós segundo turno?

Depois de se resolver tudo isso é que se pode falar em ficar ou sair da base do governo”, ponderou.

Teresa, adiantou, porém, que na Câmara do Recife o PT “não vai compor” a base do prefeito eleito Geraldo Julio (PSB). “teremos uma posição de independência, não uma oposição radical”, disse.

Terceiro colocado na disputa de Petrolina, Odacy Amorim quer a continuidade na base de Eduardo, por entender que o problema do Recife “foi mais interno do PT” do que o racha do PSB. “É uma autocrítica que o PT tem de fazer.

Agora, precisa ter uma posição clara.

Ou somos aliados ou não”, cobrou.

André Campos acusa o PT de ter dado margem à candidatura própria do PSB e afirma que o PT está sem um líder, hoje, no Estado, capaz de influenciar numa decisão. “Até o interior o partido esqueceu.

O PT deu pretexto para Eduardo ocupar o espaço que era nosso.

Não dá para procurar culpado no outro lado.

Eu permaneço na base”.