Sem alarde, a Justiça Federal de Minas Gerais condenou parte dos réus envolvidos no esquema do mensalão em uma ação paralela da que é julgada pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

A decisão foi dada nesta segunda-feira, mas somente noticiada nesta terça-feira, pela site do jornal Folha de São Paulo.

A juíza Camila Franco e Silva Velano determinou que o ex-presidente do PT José Genoino e o ex-tesoureiro da sigla Delúbio Soares fossem condenados a quatro anos pelo crime de falsidade ideológica.

O ministro Joaquim Barbosa, relator da ação penal do mensalão no STF, deve ser comunicado da decisão.

Ação penal refere-se a empréstimos supostamente fraudulentos do Banco BMG para o PT no período do mensalão –principal escândalo político do governo Lula.

Ela foi remetida à Justiça mineira após o fim do mandato de Genoino como deputado.

Como ele não se reelegeu em 2010, perdeu o foro privilegiado.

Segundo a denúncia, o ex-deputado foi avalista de contratos dos em nome do PT, que ele presidia à época.

O empresário Marcos Valério, apontado pelo Ministério Público Federal como operador do mensalão, foi condenado a quatro anos e seis meses.

Dirigentes do BMG também foram condenados.

Entre eles, Marcio Alaor e Flavio Pentagna, com pena de 5 anos e 6 meses de prisão.

Ricardo Annes Guimarães, presidente do BMG, foi condenado a 7 anos de prisão.

João Batista de Abreu a 6 anos e 3 meses.