O auditório do Banco Central, no Recife, recebe, nesta quinta-feira (18), às 14h, a primeira sessão pública da Comissão Estadual da Memória e Verdade Dom Helder Camara relativa ao caso do estudante Odijas Carvalho de Souza.

O objetivo é tomar os depoimentos dos ex-presos políticos que presenciaram a tortura do líder estudantil: Alberto Vinícius, Maria Cristina Castro, Lylia Guedes e Tarzan de Castro.

O relator é o procurador e membro do grupo, Roberto Franca.

Os nove representantes da comissão participam da solenidade.

A abertura do encontro é presidida pelo coordenador e ex-presidente OAB-PE, Fernando Coelho.

A sessão é aberta ao público.

Líder estudantil de Agronomia da Universidade Rural de Pernambuco e natural de Alagoas, Odijas foi preso na Praia de Maria Farinha, em Paulista, no Grande Recife, no dia 30 de janeiro de 1971, juntamente com Lylia Guedes.

O assassinato foi denunciado a partir de testemunhos em depoimentos prestados na Auditoria de Guerra da 7ª Região Militar, inclusive o da viúva, Maria Ivone de Souza Loureiro.

O preso político Mário Miranda, uma das testemunhas oculares do assassinato, denunciou as torturas, na sede do DOPS-Recife.

Ele foi enterrado no Cemitério de Santo Amaro, na capital, sob o nome de Osias de Carvalho Souza, e não Odijas, o que dificultou a localização do corpo.

A CEMV foi instalada pelo governador Eduardo Campos no dia 1º de junho deste ano, em solenidade no Palácio do Campo da Princesas.

O objetivo é desvendar os casos de tortura e buscar a reparação para os familiares.