por Claus Oliveira Uma semana depois da reeleição de Júlio Lóssio (PMDB), a eleição municipal de Petrolina merece uma análise atenta e desapaixonada das urnas.

Vamos aos números.

De um pleito ao outro (2008 pra 2012), o eleitorado petrolinense ganhou 20.422 novos votos válidos, e Lóssio, em contrapartida, perdeu 7.324 eleitores.

Conclusão mais óbvia: o prefeito não cresceu um milímetro frente aos votantes novatos.

Da parte de Fernando Filho (PSB) e Odacy Amorim (PT) a análise deve ser mais acurada.

Os mais apressados vão alegar que voto para deputado (federal ou estadual) é distinto do para prefeito.

Contudo, ainda que o contexto tenha essa variação no cargo, o candidato é o mesmo.

Então continuemos pelo petista.

De 2010, quando chegou à Assembléia Legislativa de Pernambuco, pra 2012, o prefeiturável Odacy Amorim teve, somente, 27 votos a mais.

Ou seja, seus eleitores são fiéis por demais.

Fernando Filho agora.

Analisaremos a subida dele sob dois prismas: o tímido crescimento comparado a Gonzaga Patriota, também PSB, (Patriota disputou com Lóssio em 2008) e o aumento da votação de FF sobre si, ou seja, relacionado à votação federal de 2010 em Petrolina.

A dupla Fernando Filho e Gennedy Patriota saiu das urnas com pífios 117 votos a mais que Gonzaga Patriota, pai do vice.

Já na esfera individual, Fernando Filho viu seu eleitorado avançar em 16.686 novos eleitores, comparado à votação de 2010.

Neste ano, FF elegeu-se o deputado federal mais votado do sertão de Pernambuco, ainda que Gonzaga Patriota tenha sido majoritário em Petrolina (788 votos a mais que FF).

Como se nota, Filho cresceu de fato, mas votação de deputado não elege prefeito em Petrolina.

Bem, e lidos os números das urnas, a conclusão é que só a chegada do segundo turno em 2016 vai aprimorar a escolha para prefeito em Petrolina.

Sim, porque como dissemos com exclusividade na Emissora Rural, hoje a pirâmide etária de Petrolina tem cerca de 60 mil habitantes na faixa de 5 a 14 anos.

Desses, mais de 30 mil são adolescentes e estarão aptos a votar em 2016.

E outro dado exclusivo: o eleitorado local tem crescido, em média, 12.500 votantes a cada biênio.

Como o município tem hoje 178.301 eleitores, no pleito municipal de 2016, esse número vai passar a casa dos 200 mil e aí, com segundo turno, a prosa fica mais séria e um pouco menos provinciana.

Ah, Rosalvo Antonio (PSOL).

Ele encolheu 644 votos de um pleito municipal a outro.