(Foto: reprodução) Condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no processo do mensalão, o ex-deputado federal pelo PTB Romeu Queiroz (MG) deixou o partido e, agora, é suplente de deputado pelo PSB e poderá assumir uma cadeira na Assembleia Legislativa, beneficiado com a eleição de deputados.
Romeu Queiroz sustenta que os R$ 102,8 mil que recebeu via SMPB, a agência de Marcos Valério, foi doação eleitoral da Usiminas ao PTB-MG, que ele presidia na ocasião.
Segundo Romeu Queiroz, trata-se do valor líquido de doação de R$ 150 mil.
A fim de “maquiar” a doação de caixa dois, a SMPB descontava comissão e impostos.
A agência cuidava da publicidade da siderúrgica.
O ex-deputado é acusado de intermediar e providenciar mais saques no valerioduto, um de R$ 200 mil para o então presidente do PTB nacional, Roberto Jefferson.
Em Minas Gerais, ele diz que apenas mandou um funcionário do PTB-MG buscar o dinheiro e reclama da rapidez com que o seu caso foi julgado pelo Supremo Tribunal Federal.
Com uma pastinha a tiracolo para se defender das acusações a quem se interessar, ele diz que a vida está “uma encrenca”. “Você tem de ficar explicando até para os seus amigos, mãe, irmão, filho. É um complicador danado, mas ando carregando a pastinha debaixo do braço para ficar mostrando”, diz Queiroz.
Ele reclama que sua condenação “não durou mais do que dois minutos”.
Para ele, o julgamento por núcleos, e não individualmente, deixou o processo “atabalhoado”.
Na sessão em que condenou Queiroz, o revisor Ricardo Lewandowski gastou dois minutos e 30 segundos com o caso.
O ministro disse que tinha um longo relatório para condenar Queiroz, mas que, como concordava com o relator Joaquim Barbosa, abreviaria.
Uma semana antes, Barbosa gastara 22 minutos para condená-lo por corrupção passiva.
Nos dois posicionamentos, porém, o nome dele foi citado várias vezes quando tratavam dos casos de outros políticos do PTB.