O deputado estadual Daniel Coelho, candidato do PSDB a prefeito no Recife, nestas eleições, disse na manhã de segunda-feira, em gravação do programa Ponto Final, da TV Jornal, com apresentação de Aldo Vilela, que não esperava o ‘nível de baixaria” usado pelo PSB na campanha. “Eles poderiam ter vencido sem recorrer a este expediente.
Eu esperava baixaria, mas não neste nível tão elevado”, observou.
Nesta semana, Daniel Coelho, com o cacife de mais de 250 mil votos obtidos na disputa, assume o comando da oposição no Recife. É o primeiro ato, em oposição ao primeiro evento oficial de transição, entre Geraldo Júlio e João da Costa.
O tucano conta que não ficou com raiva do governador por conta das críticas que recebeu na campanha e que votaria nele, caso esteja ao lado do mineiro Aécio Neves. “Voto por tabela, se ele estiver na vice de Aécio Neves”, diz. “Não tem como.
Vamos estar no foco nacional nas eleições estaduais de 2014, uma vez que o governador é presidenciável”.
No programa, que deve ir ao ar nesta quarta-feira, o deputado diz que o presidente do PSDB, Sérgio Guerra, sofreu enormes pressões para bancar e manter seu nome na disputa, inclusive de parte do governador Eduardo Campos.
O DEM também não queria sair sozinho e pediu o apoio do PSDB, que fez aliança com o PPS.
Daniel nega que, agora, seja um nome forte para a disputa do governo do Estado, em 2014.
Ele diz que há outros nomes bons para a disputa, como Bruno Araujo, deputado federal que está na liderança do partido na Câmara dos Deputados.
Ou mesmo Elias Gomes, que no entanto não conseguiu eleger o filho no Cabo, mesmo obtendo a própria reeleição.
Polido, Daniel Coelho evitou responder ao prefeito João da Costa, para quem a sua expressiva votação não representava a criação de uma nova liderança no Recife.
João da Costa atribui a boa votação a uma espécie de voto de repudio dos recifenses ao momento da política.