Por Ayrton Maciel No Jornal do Commercio/JC Online deste sábado Os vereadores do Recife retomaram os trabalhos no plenário da Câmara Municipal esta semana, depois das eleições do último domingo (7), sem saber como ficará o tamanho da Frente Popular a partir da imprevisível futura relação entre o PSB e o PT e, por consequência, como se dará a nova correlação de forças entre as bancadas de governo e oposição na Casa.

Com a derrota do PT para o ainda aliado PSB, depois de 12 anos de comando petista na Casa, os parlamentares têm como incerteza o que já foi uma aliança sólida.

Ninguém quer apostar se o PT permanece na Frente Popular ou passará à oposição.

O PSB elegeu seis vereadores, representando a maior bancada, e o PT reelegeu cinco, ficando com a segunda maior representação.

Primeiro presidente reeleito da Câmara, três mandatos, duas presidências de mesa diretora e duas lideranças de governo, o vereador petista Josenildo Sinésio, que não conseguiu se reeleger, considera que “tudo é possível” após o segundo turno no Brasil, no dia 28 deste mês.

Até a realização do pleito final, quando o PT disputará prefeituras em 22 municípios, o partido no Recife e em Pernambuco não vai se posicionar. “O PT vai sentar para avaliar o resultado (do Recife).

As direções municipal e estadual vão decidir se o partido será oposição ou situação.

Tudo é possível”, resume Sinésio.

Governista, mas com um discurso independente e postura até de oposição durante a gestão do prefeito João da Costa, a vereadora reeleita Marília Arraes (PSB) afirmou que somente daqui a 20 dias, passado o segundo turno, é que será possível ter um cenário mais claro ou definitivo do futuro da relação entre o PT e o PSB e uma noção se os petistas vão integrar a base do governo Geraldo Julio.

Marília minimizou, entretanto, o tamanho do dano que causaria à Frente Popular uma eventual passagem do PT para a oposição. “Pela estrutura partidária do PT e também porque não podemos tratar os petistas como um bloco único no partido, vamos ter que esperar.

Mas se o PT for para a oposição, será parte do processo democrático.

Governo não existe sem oposição”, declarou.

Reeleito para o sétimo mandato no Recife, o vice-líder do governo João da Costa, Vicente André Gomes (PSB) – ex-deputado federal – revelou que torceu para um segundo turno entre Geraldo Julio e Daniel Coelho (PSDB).

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