(Foto: Priscilla Buhr/JC Imagem) Por Bruna Serra No Jornal do Commercio/JC Online deste sábado Mal acabou o período de maior turbulência da campanha eleitoral e o PT já se prepara para uma nova etapa de enfrentamentos, quase tão importante quanto a anterior: o Processo de Eleição Direta (PED).
Decisivas para definir a correlação interna das forças no partido, a disputa pelo comando caminha para se tornar uma batalha de proporções tão desastrosas quanto foi a escolha do candidato petista na traumática sucessão municipal do Recife.
Termina no dia 30 deste mês o prazo para a filiação de novos quadros ao PT.
Daqui até lá, os caciques petistas devem trabalhar para arregimentar seus exércitos para uma disputa interna que, independente dos resultados das urnas, é sempre muito acirrada.
Os novos filiados, que normalmente seguem a cartilha daqueles que os levaram para o partido, precisam estar há mais de um ano como contribuintes para se colocarem aptos a votar.
A anuidade custa R$ 15.
O último PED aconteceu em novembro de 2009 e o prefeito João da Costa – que tinha acabado de ser eleito, mas já havia rompido com seu padrinho, o deputado federal João Paulo – conquistou o domínio da executiva municipal no Recife, elegendo como presidente Oscar Barreto, um dos seus mais fiéis aliados.
Na ocasião, o senador Humberto Costa conquistou três cadeiras.
João Paulo e o vereador Múcio Magalhães, integrantes da tendência Articulação de Esquerda (AE), ficaram com apenas uma vaga no diretório municipal, onde o próprio Múcio está alocado.
Na esfera estadual, Jorge Perez foi reconduzido para mais quatro anos como presidente. À época, ele ainda integrava a tendência Construindo um Novo Brasil (CNB), comandada em Pernambuco por Humberto.
Em 2010, com problemas de saúde, Perez foi substituído pelo vereador Luiz Eustáquio e, posteriormente, pelo atual presidente, o deputado federal Pedro Eugênio, que ainda não decidiu se disputará a reeleição.
A derrota dos petistas nas urnas do último domingo certamente será o ponto mais polêmico do PED.
Apesar de estar deixando a prefeitura, João da Costa tem boas chances de conseguir o comando do partido, visto que a primeira-dama do Recife, Marília Bezerra, está trabalhando junto às bases com uma forte campanha de filiação.
Oficialmente, o prefeito afirma que o partido não pode fazer do PED uma batalha sangrenta. “Não se pode se repetir no PED a situação vivida nas prévias.
Não vejo outro caminho senão fazermos uma auto-análise.
Não se pode esperar até lá para resolver essa situação mal resolvida que ficou”, defende.
Do lado do ex-prefeito João Paulo e do senador Humberto Costa, que ensaiam uma reconciliação permanente, a situação é de alerta.
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