Por Bruna Serra, no Jornal do Commercio desta quinta-feira A reunião realizada na última quarta-feira (10) pelo Diretório Nacional do PT, em São Paulo, apesar de tratar genericamente das disputas municipais, constatou o que qualquer observador político recém chegado ao cenário da capital poderia prever: a derrota do Recife está na lista das maiores perdas para o partido.

O encontro teve como principal objetivo fazer um balanço do desempenho da legenda no primeiro turno das eleições 2012.

O senador Humberto Costa, vice-presidente nacional, o deputado federal João Paulo e a deputada estadual Teresa Leitão foram os representantes estaduais que tiveram a palavra.

Também esteve presente Gilson Guimarães, membro do diretório nacional.

Os companheiros de chapa destacaram as dificuldades vividas no Recife durante a campanha, a exemplo da luta contra o poderio econômico e o racha no partido.

A falta de unidade foi pontuada como o maior problema, no entendimento dos dirigentes nacionais.

Exaltaram a máxima que quando o partido sai dividido a derrota é certa e mais uma vez lembraram outros episódios que tiveram o mesmo desfecho.

Em documento publicado no site da legenda, os comandantes concluíram que o PT cresceu, ultrapassando a casa das 600 prefeituras.

Uma das bases utilizadas para detectar esse crescimento foi uma comparação com o partido que mais tem ameaçado a aliança com os petistas e que cresceu 42% nas urnas neste pleito: o PSB.

Presidente estadual do PT, o deputado federal Pedro Eugênio explicou que apesar dos pessebistas terem crescido mais em porcentagem, não ultrapassaram o partido da presidente Dilma. “Nós já tínhamos mais prefeitos do que o PSB.

Eles cresceram mais percentualmente porque eram menores.

Hoje tem pouco mais de 400 prefeituras e nós já temos mais de 600”, fez questão de registrar o dirigente.

A deputada Teresa Leitão preocupou-se em destacar que apesar do Recife ter sido a derrota mais importante do Estado e do partido ter ampliado o número de prefeituras em Pernambuco, o PT sofreu com derrotas significativas especialmente as de Itamaracá e Igarassu, que eram reeleição dos prefeitos, além da terceira derrota consecutiva em Paulista.