(Foto: Roque de Sá/divulgação) No Jornal do Commercio desta quinta-feira Na primeira reunião da direção nacional do PSB, após as vitórias obtidas pelo partido no domingo (7), seus dirigentes trataram de minimizar ontem a possibilidade de o governador Eduardo Campos (PE) ser candidato a presidente contra a petista Dilma Rousseff em 2014.
O governador Cid Gomes (PSB-CE), membro da cúpula, propôs que o partido só lance candidato à Presidência em 2018, mas advertiu que, caso Dilma não dispute a reeleição, o PSB não tem obrigação de apoiar um candidato do PT em 2014. “Trabalhamos na hipótese de que que Dilma seja candidata à reeleição.
Se não for, zera tudo”, afirmou.
Questionado se, com a ausência de Dilma na disputa de 2014, o PSB apoiaria outro candidato do PT, o governador cearense avisou: “Não somos apêndice do PT.
Não é uma declaração de guerra, é apenas uma constatação”.
Na hipótese de Dilma tentar a reeleição, a avaliação de Cid é que o partido deverá “ter cautela” e esperar até 2018.
Já o governador e presidente nacional socialista Eduardo Campos - para muitos já “presidenciável” - optou por deixar o assunto em aberto, mas mandou recados para oposicionistas que o assediam, como o tucano Aécio Neves. “Quem pensa no Brasil com responsabilidade não “eleitoraliza” o debate político.
Há uma crise internacional profunda, o Brasil tem uma pauta densa no Congresso e nós queremos ajudar a presidente.
Isso é que é importante.
A pauta de 2014, deixa para 2014”, disse Eduardo, acrescentando um comentário sobre eventual parceria com Aécio no cenário nacional: “Temos uma posição muito clara no plano nacional (lados distintos).
A última vez que estive no mesmo palanque do senador Aécio foi quando Tancredo (Neves) disputou o mandato (presidencial) no Colégio Eleitoral (em 1985)”, disse.
Cid completou: “Nós ajudamos a eleger a Dilma, participamos do governo dela e minha opinião é que a gente pode esperar um pouco mais.
O objetivo de todos os partidos, do A ao Z, é chegar ao poder máximo.
Eu, sinceramente, acho que 2014 seria atropelar as coisas.
Seria uma ansiedade e nós devemos ter cautela para não nos deixar envolver por ela.
Acho que a gente podia consolidar um pouco mais o partido e enfrentar (a disputa) em 2018.” O PSB saiu fortalecido das eleições municipais, sendo a legenda que mais cresceu em número de prefeitos em comparação com 2008, passando dos atuais 308 para 436.
Essa quantidade de prefeitos assegurou a quarta posição entre os demais partidos.
O líder no ranking de prefeitos continua sendo o PMDB, mas caiu de 1.193 para 1.025.
O segundo é o PSDB, que também registrou queda passando de 787 para 628.
O PT, em terceiro lugar, registrou aumento de 550 para 628.
Cid disse que o PSB ainda tem potencial para crescer em todo o País, mesmo tendo o PT e o PMDB como possíveis adversários. “Acho que a gente pode crescer mostrando a nossa diferença no processo político, mas fundamentalmente no modo de administrar”, comentou.
Foi decidido, na reunião, que os dirigentes partidários vão dar prioridade às sete cidades onde o PSB disputa o segundo turno das eleições: as capitais Cuiabá, Fortaleza, Porto Velho e os municípios de Duque de Caxias, Petrópolis, Uberaba e Campinas.
O governador Eduardo Campos informou que irá a todas essas cidades. (Foto: Carlos Percol/divulgação)