(Foto: Rogério Cassimiro/Especial para o JC) Após encontro com o secretariado para dar início ao processo de transição, o prefeito do Recife João da Costa (PT) afirmou que o futuro prefeito da cidade, Geraldo Julio (PSB), terá uma receita R$ 70 milhões menor que a deste ano na Prefeitura.
De acordo com o petista, as coisas poderiam ser piores. “Nossa previsão é de que tenhamos uma receita menor este ano em R$ 70 milhões. É fruto de uma parcela de FPM e outra de ICMS menor.
A situação só não é mais difícil porque conseguimos aumentar os recursos próprios, já que estavamos monitorando isso.” Mas o gestor tratou de passar para as boas notícias, negando que esteja deixando uma má herança para o próximo prefeito.
E lembrou as obras que deixou encaminhadas para Geraldo inaugurar. “Há a possibilidade de Geraldo Julio inaugurar 2 mil habitações já em março.
A gente vai deixar praticamente pronta.
Fora isso, ainda vamos inaugurar quase 100 obras até o final do ano, mais de uma por dia.
Entre elas estão 10 escolas integrais, CMEIs, 9 Academias da Cidade, dezenas de obras do Orçamento Participativo, três parques, Praça da Juventude e a segunda etapa da Via Mangue, em torno do Shopping Rio Mar, e a alça ligando o viaduto Capitão Temudo à nova ponte Paulo Guerra.” O prefeito também confirmou que na próxima quarta-feira (17) haverá o primeiro encontro entre ele e o futuro prefeito, Geraldo Julio (PSB), para tratar da transição. “Vamos nos encontrar para definir o modelo e a forma como vamos trabalhar a trasição”.
Questionado se iria conversar com Geraldo sobre uma possível manutenção, na Prefeitura, de pessoas de sua confiança, João da Costa negou. “Vamos tratar exclusivamente da transição”, afirmou, antes de lembrar que pretende deixar o Carnaval Multicultural bem adiantado para facilitar a vida de Geraldo. “O que a gente puder fazer até o final do ano para adiantar o Carnaval, faremos.
Ele já afirmou que vai manter o mesmo formato, então podemos começar a adiantar.” PT - Falando sobre o saldo pós-eleições do PT, João da Costa disse estar feliz com os números do partido a nível nacional, apesar da derrota no Recife da candidatura de Humberto Costa (PT). “Os números desmistificam aquela história de uma derrota eleitoral em todo o Brasil.
O PT cresceu, aumentou o número de prefeituras e elevou em mais de mil o número de vereadores.
No balanço, há lugares em que você ganha e outros em que você perde.
O Recife foi emblemático porque o PT estava no poder há 12 anos, além da forma violenta que se deu a candidatura aqui.” “Mas, de modo geral, os números mostram que o PT vai continuar sendo protagonista no Brasil.
O PT já ajudou a mudar o Brasil, agora tem de se renovar e mudar a si mesmo, mostrar uma agenda para os próximos 30 anos.
E eu espero ajudar a reformular esta pauta.” O prefeito ainda comemorou o fato de alguns temas de críticas recorrentes não terem entrado na pauta das eleições deste ano, o que mostraria que sua gestão fez um bom trabalho nessas áreas. “Não vi nessa campanha pauta de morros, de habitação popular ou de participação popular.
Ninguém dizia que tinha que mudar o Orçamento Participativo ou que era ruim.”