(Foto: Roberto Pereira/PSB) Apesar do atual prefeito João da Costa (PT) se gabar dos prêmios recebidos pelo modelo de Orçamento Participativo do Recife, implementado por ele desde a gestão João Paulo (2000-2008), o formato deverá mudar a partir do próximo ano.

O futuro prefeito Geraldo Julio (PSB) deverá substituir o atual OP pelo “Prefeito nos bairros”. veja na coluna de Sheila Borges no Jornal do Commercio desta quinta-feira (11).

PINGA-FOGO Por Sheila Borges Sem intermediários Parece que a relação entre o prefeito João da Costa e o prefeito eleito Geraldo Julio não está tão tranquila assim como poderíamos esperar.

Na campanha, a equipe do petista trabalhou nos bastidores para o socialista.

O prefeito chegou a declarar que, se houvesse 2º turno, pediria votos para Geraldo, já que previa a derrota antecipada do PT.

Só hoje, passados quatro dias da eleição, Geraldo e João conversam por telefone.

A iniciativa será do prefeito eleito, que marcará o início da transição para a próxima semana.

João da Costa sequer ligou para parabenizá-lo pela vitória.

O prefeito achava que Geraldo conservaria parte de sua equipe na PCR.

O que não vai acontecer.

Uma das tarefas do PSB é justamente desmontar a máquina de fazer votos do Orçamento Participativo, aparelhada pelo PT há 12 anos.

Geraldo não vai extinguir o OP, mas criar outro mecanismo de participação popular: gabinetes avançados do prefeito, montados em escritórios nas seis Regiões Político-Administrativas do Recife.

Os bairros terão seus representantes que participarão de reuniões com o futuro prefeito.

Não está definida a forma de escolha, mas eles não serão permanentes.

Haverá rodízios onde as lideranças comunitárias mais tradicionais, tão combatidas pelo OP, voltam a ter influência.

Geraldo não quer intermediários, dialogará com as comunidades diretamente.

O cargo de comandante do OP, que pavimentou a eleição de João da Costa em 2006 para a Assembleia Legislativa e em 2008 para a PCR, desaparecerá.

O “Geraldo” de Geraldo Geraldo Julio descobriu Antonio Alexandre na Secretaria da Fazenda.

Em 2007 passaram a trabalhar juntos.

Já se conheciam desde o terceiro governo de Miguel Arraes.

Servidor concursado, Antonio foi do PT e do movimento social.

Não coordenou apenas o programa de Geraldo, mas também o de Eduardo Campos em 2010.

Não está filiado a nenhum partido. É da cota pessoal.