O presidente do PSOL no Estado, Edilson Silva, disse ainda há pouco, em debate no programa CBN Total, que vai procurar os vereadores eleitos, de oposição, para propor ações conjuntas para a nova legislatura da Câmara Municipal do Recife.

Silva disse que vai manter a proposta de acompanhar os trabalhos com uma espécie de gabinete sombra (paralelo), mesmo não tendo sido eleito com a obtenção de 13 mil votos.

A Câmara Municipal do Recife teve uma renovação de 36%.

O que faltou ao PSOL, no caso, foi voto mesmo.

A abstinência de votos do candidato a prefeito da coligação PCB e PSOL, Roberto Numeriano, também atrapalhou o projeto de Edilson, que apostou no voto de opinião e na internet.

Um dos projetos que o PSOL quer ver aprovado seria a tribuna popular, já aprovado pelos vereadores, mas nunca colocado em prática.

Com a iniciativa, populares poderiam apresentar propostas no plenário da casa, com o objetivo de convencer os vereadores a adotarem propostas apresentadas pela sociedade.

No mesmo programa, Jayme Asfora, primeiro suplente do PMDB, reclamou do aumento de 62% de reajuste para os vereadores do Recife e cobriu uma definição do Tribunal de Justiça do Estado.

A OAB entrou com uma ação pedindo a anulação do aumento.

O economista Maurício Romão, que também participou do mesmo debate, defendeu a necessidade de mudanças, com a incorporação da proporcionalidade também entre as coligações.

Assim, cada partido ganharia cadeiras de acordo com o percentual que colaborou para a coligação.

Pelas regras atuais, as sobras dos partidos menores acabam ajudando a eleger mais parlamentares pelas siglas mais estruturadas. É a calda dentro da calda.

O que os políticos defendem, quando não entram pelas regras em vigor, é uma espécie de cota para os menos votados.

Tá na moda.

O problema desta discussão é que a proporcionalidade dos votos não foi inventada nestas eleições.

Os postulantes sabiam das regras do jogo eleitoral, quando registraram suas candidaturas.

Falar em injustiça, ao ser barrado, é um pouco de oportunismo.