Depois da 80ª reunião do Conselho Estadual de Política Industrial, Comercial e de Serviços (Condic), o governo do Estado anunciou que aprovou, na manhã desta quinta-feira, na sede da AD Diper, 77 projetos, sendo 66 relativos a indústrias, nove a centrais de distribuição e duas de importação.
Todos passarão a contar com os benefícios fiscais do Programa de Desenvolvimento de Pernambuco (Prodepe).
Os investimentos são da ordem de R$ 1,73 bilhão, A soma dos aportes que serão feitos através desses empreendimentos equivale ao dobro da performance obtida nas duas reuniões anteriores, realizadas em março e em maio, quando os valores globais atingiram R$ 801 mil.
O volume de empregos diretos a serem criados também foi expressivo.
As estimativas dão conta de 5.927 novas oportunidades no mercado de trabalho industrial.
Dos 66 projetos de indústrias com aval do Condic, 35 são implantações (54,6% do total).
Há ainda 19 ampliações (29,6% do total) e cinco terceirizações, entre outros casos.
As implantações e ampliações representam 84,2% da pauta de indústrias, o que demonstram, segundo o secretário de Desenvolvimento Econômico, Frederico Amâncio, presidente do colegiado, o vigor da indústria pernambucana. “Com a chegada de novas empresas e o incremento das já instaladas, a economia do estado não para e esta reunião é a prova disto”, diz.
Em termos de maiores investimentos, entre implantações e ampliações, os destaques ficam por conta da Cervejaria Petrópolis (R$ 852,6 milhões), CBVA (Goiana/R$ 150 milhões), Fabrimetais (Cabo de Santo Agostinho/R$ 80,1 milhões), Inbracer Cerâmica (Caruaru/R$ 57,1 milhões) e Aguilar y Salas (Cabo de Santo Agostinho/R$ 55,9 milhões).
No tocante à geração de oportunidades, se sobressaem a Inbracer Cerâmica (941 empregos diretos estimados); a Maje Materiais Elétricos, cuja ampliação, em São Lourenço da Mata, resultará em novos 680 empregos diretos; a Cervejaria Petrópolis (474); a Electrolux (Jaboatão dos Guararapes/349) e a Araripina Têxtil, com uma ampliação capaz de abrir 229 vagas.
Do investimento total a ser feito pelas indústrias, no valor de R$ 1,73 bilhão, R$ 419,4 milhões são para empreendimentos no interior (24,2% do total) e R$ 1,31 bilhão para empreendimentos na RMR (75,8%).
A razão para a diferença está na Cervejaria Petrópolis, a ser instalada em Itapissuma, cujo investimento, de R$ 852 milhões, é mais da metade do volume que a região, como um todo, receberá.
No entanto, da estimativa total de empregos a serem criados pelos projetos industriais (5.927), a proximidade entre o que ficará na Grande Recife e no interior atesta a tendência a uma melhor distribuição de oportunidades.
Serão 2.850 vagas no interior (48,1%) e 3.077 na RMR (51,9%).
Outro dado que enaltece a interiorização da indústria é a quantidade de municípios fora do eixo metropolitano contemplados.
Dos 25 municípios que sediarão os aportes, 16 são interioranos, contra nove mais próximos à capital, sendo quatro em Vitória de Santo Antão e três em Caruaru.
Goiana, Garanhuns e Limoeiro terão dois, cada.
Com um projeto industrial constam: João Alfredo, São Bento do Una, Ribeirão, Lagoa do Itaenga, Escada, Glória do Goitá, Surubim, Nazaré da Mata, Pombos e Rio Formoso.