Foto: Guga Matos/JC Imagem Roseanne Albuquerque, do Jornal do Commercio Embalado pela vitória nas urnas, o prefeito reeleito de Petrolina, Júlio Lossio (PMDB), disse estar confiante de que conseguirá traduzir as expectativas da população em seu segundo mandato.
Durante coletiva, o peemedebista falou ontem dos seus planos e avaliou que terá um novo ambiente para construir “pontes” com o governador Eduardo Campos (PSB), que durante a campanha esteve várias vezes em Petrolina no palanque adversário do PSB.
NOVA EQUIPE Ganhamos a eleição com uma nova composição política.
Tivemos o apoio de Geraldo Coelho (PTB), agregamos muitos amigos que trabalharam e militaram na eleição passada (2008) na campanha de Gonzaga Patriota, pessoas que já trabalharam com Fernando Bezerra Coelho…
Agora é hora de reavaliar as posições nesse time, que é vencedor, mas é natural que mudanças possam acontecer.
AÇÕES A oposição entrou com várias ações na campanha: impugnação de pesquisas, de candidatura, não realização de debates…
Essas questões jurídicas são resolvidas por nossos advogados.
Estamos confiantes, temos pareceres que nos garantem (Lossio foi impugnado pelo juiz de Petrolina e recorreu ao TRE).
Mas agora fiquei feliz com as declarações que ouvi de Odacy Amorim e de Fernando Filho (o petista e o socialista reconheceram a derrota e falarem em desarmar os palanques), que caminhemos agora para a paz política.
O palanque foi desmontado e temos que trabalhar.
Nesta quarta (10) já estarei numa reunião da cúpula nacional do PMDB, fui convocado por (o vice-presidente) Michel Temer para discutir o segundo turno em vários municípios.
As experiências de Petrolina como o Nova Semente (programa de educação infantil) e o AMEs (programa de atendimento especializado da área de saúde) serão colocados em evidência.
E vamos buscar novos projetos, vou cobrar do partido mais ações para o município.
Minha preocupação é governar e deixo as implicações jurídicas para nossos advogados.
NOVA MARCA A partir desta segunda quinzena vamos nomear a equipe de transição, que terá um olhar externo sobre a prefeitura para a gente avaliar o que deu certo (na primeira gestão), e teve muita coisa boa porque a aprovação do governo chega a 65%, e ver também o que deu errado.
Vamos avaliar e ver o que precisa ser corrigido.
EDUARDO Petrolina nunca viveu um momento tão bom dentro do cenário político nacional e estadual.
Veja o que aconteceu: O PT e o PSB se distanciaram.
Foi assim no Recife, em Belo Horizonte e Fortaleza.
Um prefeito do PSB teria muita dificuldade com o PT e vice e versa.
E hoje temos uma aliança federal com o PT, tenho uma relação excelente com o senador Humberto Costa e estaremos buscando o apoio do PT em nível federal, mesmo porque temos o vice-presidente, temos um alinhamento no Recife.
E tem o (peemedebista) Raul Henry, que coordenou uma campanha que era fundamental para o projeto nacional de Eduardo Campos (PSB).
Então temos um acesso seguro.
Digo sempre que nossa dificuldade com Eduardo não é regional e sim local.
Agora tenho pontes que me permitem chegar ao governador de maneira mais segura, como Raul Henry e Jarbas.
Vamos ter mais acesso aos planos federal e estadual.
Mas minha preocupação é ter bons projetos porque isso é o que dá acesso, e não mais o velho tapinha nas costas. 2014 Não tenho muita vocação para o Legislativo.
A gente não pode dizer que desta água nunca vai beber, mas enquanto eu puder serei do Executivo.
A chance de sair da prefeitura em 2014 para ser candidato a deputado é zero multiplicado por mil.
Estamos tendo a oportunidade de fazer muito mais pelo Executivo porque já conhecemos melhor o sistema.
VICE TROCADO Ele (Domingos Sávio, PSDB) permanece como vice porque conquistou esse direito junto ao povo há quatro anos atrás.
Mas a partir de 1º de janeiro o novo vice é Guilherme Coelho (houve a troca na campanha, o que fez Domingos apoiar o palanque do PSB).
Minha relação com Domingos… a gente não se encontrou na campanha.
Nós temos trocado e-mails, mas tudo com muita cordialidade.
Acho que ele fez uma opção baseado no momento e eu o compreendo.
Se eu tivesse mal, ninguém queria ser meu vice.
Mas o PSDB optou pelo nome de Guilherme Coelho e ele deve ter se chateado, é um direito dele.
Nada que o tempo não cure.
Sempre digo que ele me ajudou a dar o primeiro passo.
Ele tem uma nova opção política e, politicamente, vai cuidar da vida dele e eu da minha.
Mas pessoalmente as portas da minha casa estarão sempre abertas para ele.