Foto: reprodução O presidente nacional do PT, Rui Falcão, foi uma das lideranças petistas que se mostrou mais incomodada com o rompimento do PSB com o partido no Recife.

Ao longo da campanha, chegou a afirmar quer era “questão de honra” vencer os socialistas na capital pernambucana e, sempre que questionado, jogou para o governador Eduardo Campos (PSB) a responsabilidade pelo racha entre as legendas.

Apesar disso, em coletiva de imprensa, nesta segunda-feira (9) para comentar o processo eleitoral, ele exaltou que “um aliado do PT” venceu a eleição no Recife, na tentativa de minimizar a derrota de Humberto Costa (PT), que amargou o terceiro lugar. É questão de honra vencer o PSB no Recife, diz Rui Falcão Eduardo deixa de ser âncora do PT Além de Eduardo Campos, João da Costa sai fortalecido da eleição O PT e livro da capa preta “A vitória lá foi de um aliado nosso, o PSB.

Seria pior se tivesse ido para o segundo turno o PSDB”.

Pesquisas de intenção de votos divulgadas na semana da eleição apontavam para um segundo turno entre Daniel Coelho (PSDB), que na reta final da campanha ultrapassou Humberto (o petista no início liderava as sondagens), e Geraldo.

Nas urnas, o socialista venceu no primeiro turno com 51,15% das escolhas.

Na entrevista, Rui Falcão afirmou que vai avaliar todo o processo eleitoral com os correligionários locais, “desde a escolha dos candidatos”. “Inevitavelmente, onde o partido se dividiu, perdeu. É preciso avaliar os erros e estabelecer novamente a unidade partidária.

A direção nacional assume esse erro com os companheiros de lá, embora o rompimento com a Frente não tenha sido iniciativa nossa”, afirmou, retomando a alfinetada ao governador. “Ainda assim, em Pernambuco, tivemos um crescimento de oito para 13 prefeituras”, completou.

O prefeito João da Costa (PT) foi rifado pelo próprio partido de tentar a reeleição com a imposição da candidatura de Humberto pela Executiva Nacional da legenda.

Acusaram o atual gestor de não ter capacidade de reunificar os partidos aliados, que já sinalizavam para o lançamento de uma “postulação alternativa”.

Além disso, João da Costa sofre com a má avaliação do seu governo, em parte midiatizada pelos próprios correligionários que o queriam fora da Prefeitura.

Por causa do “golpe”, João da Costa não participou da campanha de Humberto e chegou a flertar com a candidatura de Geraldo.

Por isso, está sendo ameaçado de expulsão.

No fim das contas, Humberto seguiu para as urnas com o apoio de apenas três legendas (PP, PHS e PSDC).

As demais siglas aliadas (ou ex-aliadas) debandaram para o palanque do PSB, embaixo das asas de Eduardo Campos.

A chamada Frente Popular somou 14 partidos e elegeu o ex-secretário estadual de Desenvolvimento Econômico.

Humberto teve 17% dos votos.

Daniel, 27%.