Foto: Clemilson Campos/JC Imagem O governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, reconheceu, mesmo que implicitamente, que estuda uma candidatura a presidente em 2014.

O socialista convocou uma coletiva de imprensa nesta segunda-feira (8) para comentar o processo eleitoral deste ano, na sede provisória do governo, no Centro de Convenções, em Olinda.

Questionado sobre a especulada postulação, ele declarou: “vocês vão ter que ter paciência para esta resposta”.

Antes, o socialista negava de prontidão os boatos.

Paralelamente, começa a construir um discurso de presidenciável.

Em meio a contradições, Eduardo Campos se diz disposto a dialogar com o PT e Humberto Eduardo avalia que sociedade quis oposição pequena na Câmara Deputada federal socialista Luiza Erundina coloca Eduardo Campos como opção para Presidência em 2014 Eduardo deixa de ser âncora do PT Eduardo observou que é preciso finalizar o processo eleitoral deste ano antes de começar a estudar o de 2014. “Não vamos discutir isto agora.

Estamos ainda no segundo momento da eleição de 2012 e focaremos nisto.

E não é só o PSB, nenhum partido vai discutir 2014 agora”, comentou.

Ao mesmo tempo, defendeu, na entrevista, o aprofundamento do debate sobre o novo federalismo no cenário nacional, que pode ser mote de campanha. “É fundamental que possamos usar esse acúmulo feito ao longo das campanhas para colocar na pauta do debate nacional o novo federalismo, porque os municípios precisam mais e mais de condições para realizar o seu papel, que é central na estruturação das políticas publicas em setores importantes no entendimento da sociedade”.

De acordo com ele, a preocupação com o tema está pautada pela “mais dura” crise fiscal vivenciada pelos municípios. “Sabemos que a linha que separa a esperança da frustração é muito tênue.

O voto é um ato de esperança e quem foi eleito vai ter que encarar o desafio de melhorar a saúde, educação, mobilidade, saneamento, habitabilidade e a segurança pública”, disse ao lembrar que, até dezembro, o governo federal deverá definir uma nova regra de partilha para os Fundos de Participação dos municípios e dos estados (FPM e FPE).

A determinação partiu do Supremo Tribunal Federal.

O governador saiu fortalecido da eleição em Pernambuco, onde conseguiu eleger correligionários ou aliados em 170 cidades das 184, entre elas, o Recife.

Eduardo rompeu com o PT na capital pernambucana e lançou seu ex-secretário de Desenvolvimento Econômico Geraldo Julio (PSB) candidato, que nunca tinha disputado uma eleição, e conseguiu elegê-lo no primeiro turno.

E os bons números não foram só localmente, como ele próprio lembrou. “A eleição do PSB nacional superou todas as expectativas.

Esperávamos eleger 350, no máximo 400, prefeitos e elegemos 436 até agora, sendo dois prefeitos de capitais.

Também estamos em três segundos turnos de capitais e em cidades importantes como Uberaba e Campinas”, destacou.

Em entrevista ao portal UOL nesse domingo (8), a deputada federal Luiza Erundina (PSB) reconheceu que o nome de Eduardo é cogitado para 2014 ou 2018. “[Eduardo] é uma alternativa real no PSB para uma eventual candidatura do PSB à Presidência da república.

Isso estará na próxima eleição nacional?

Isso vai depender da conjuntura daquele momento”, afirmou.

O assunto é delicado para o governador porque o PSB faz parte da base aliada da presidente Dilma Rousseff (PT), que, na ordem natural da política, será candidata à reeleição.

Além disso, Eduardo tem uma forte ligação com o ex-presidente Lula (PT).

A postulação seria um enfrentamento com os petistas.