Foto: Guga Matos/JC Imagem Geisa Agricio, do NE10 Mesmo com a esperança de um segundo turno abalada, o segundo colocado do pleito recifense, Daniel Coelho, do PSDB, avaliou como vitoriosa a trajetória de sua campanha, que passou de uma ánalise inicial de apontamentos por volta de 4% para encerrar as eleições com 245.120 mil votos (27,65% dos válidos).
O candidato tucano analisou que, com esse volume de votos, fica fortalecida a oposição no Recife, e isso é importante para a democracia do Estado. “Pensava-se que ia ser uma disputa entre duas candidaturas de governo, mas a oposição se mostrou forte e presente”, concluiu.
Questionado se o baixo financiamento da campanha, mesmo num partido acostumado a disputar a Presidência, prejudicou o desempenho nas urnas, Daniel Coelho defendeu que propositalmente não houve uma obsessão por uma busca de financiamento para não perder o comprometimento com a população “Eles [os poderosos] não dão dinheiro sem fazer exigências e nossa preocupação principal era não perder essa isenção de trabalhar para o povo”, afirmou.
Daniel também não quis falar muito sobre o futuro, disse que por ora sua tarefa será reassumir sua cadeira de deputado estadual na Assembléia Legislativa, e disse que não se coloca como uma liderança do partido, vai esperar que a coligação Renova Recife (PSDB/PPS/PTdoB), que elegeu três vereadores (André Régis, Aline Mariano e Marcos Di Bria) na Câmara Municipal se reúna e decida se segue localmente em oposição ou se propõe aliança com a administração.
Por fim, Coelho reafirmou a postura de fazer uma campanha limpa, sem ataques pessoais e baseado em proposta.
Disse que, com a proporcionalidade do tempo do horário político que seria igualitário num suposto segundo turno, teria condições de reverter os números e vencer como prefeito. “Era muito pouco tempo expor nossas propostas em apenas três minutos, enquanto o PT tinha seis e o PSB, 12 minutos”, afirmou. “Agradeço aos quase 250 mil recifenses que sonharam junto conosco em construir uma cidade mais democrática, de construir um governo que não olhe pra cima, que governe olhando pra população mais carente e quer transformar a maneira como se faz política nessa cidade.
O resultado dessa eleição não é o encerramento de absolutamente nada, foi mais um passo que foi dado.
Tenho certeza que esse movimento que veio da sociedade é vitorioso, e quem estava engajado com a cabeça e o coração tinha convicção que o interesse era público e republicano”, falou no palco do comitê à militância presente, entre lágrimas do seu pai, João Coelho, à sua direita no palanque.