Foto: reprodução da internet Apesar de entrar em contradições, o discurso oficial do governador Eduardo Campos (PSB) é de que não há abalo na relação com o PT passada a eleição para prefeito do Recife.

Em coletiva de imprensa nesta segunda-feira (8) para comentar o processo eleitoral, ele afirmou que está aberto ao diálogo com os petistas, inclusive com o senador Humberto Costa, candidato do PT, que, principalmente na reta final da campanha, assumiu uma postura agressiva em relação ao Governo do Estado.

Eduardo Campos pede paciência para resposta sobre candidatura em 2014 Eduardo avalia que sociedade quis oposição pequena na Câmara PSB faz festa da vitória no Marco Zero, reduto de comemorações do PT.

No discurso, farpa para o PT Após romper com os petistas, Eduardo elegeu no primeiro turno seu ex-secretário de Desenvolvimento Econômico Geraldo Julio, com 51% dos votos.

Humberto amargou o terceiro lugar, atrás de Daniel Coelho (PSDB), com 17% das escolhas. “Passadas as eleições o que importa é que possamos trabalhar.

O povo mandou um recado: quer o fim das brigas.

Da minha parte, nossa disposição é poder dialogar e compreender.

Não vamos ficar mexendo em coisas que não fazem bem à relação com partidos que respeitamos”, afirmou.

Questionado sobre que comentário faz da declaração dada por Humberto Costa de que continuará na oposição, o governador respondeu de prontidão. “Nenhum”.

CONTRADIÇÕES - Ao mesmo tempo em que afirma que não há abalo com o PT, o governador diz que está aberto ao diálogo com o partido e, no domingo (7), reconheceu em conversa com a imprensa que, “após a eleição, ficam rusgas”.

Além disso, ao mesmo tempo em que comenta “não há estremecimentos com o PT”, disse, em discurso no Marco Zero, na festa de vitória de Geraldo, que o Recife declarou sua independência ao eleger o socialista.

Questionado sobre estas contradições, ele devolveu: “A independência é em relação à afirmação de apoio a uma candidatura que foi decidida pela Frente Popular.

Queremos dar nossa contribuição.

Agora é a hora de olhar para o futuro do Estado e da população.

Não é de brigas, é de trabalho.

Quem disse isso?

Foi o eleitor.

Temos que aprender a entender o resultado das urnas. É um segredo muito importante para os políticos: tentar identificar o que o eleitor quis dizer com este resultado”