Foto: Chico Porto/JC Imagem Do JC Online Neste domingo (7), 780 candidatos a vereador de 16 coligações e partidos disputam nas urnas 39 cadeiras disponíveis no plenário da Câmara Municipal do Recife para a próxima legislatura (2013-2016)-.

O número indica uma concorrência de exatamente 20 candidatos por vaga.

Dos 37 membros da atual composição da Câmara – o número de vereadores aumentará para 39 apenas a partir de 2013 – quase todos tentam a renovação do seu mandato por mais quatro anos.

Apenas os veteranos Romildo Gomes (PSD) e Liberato Costa Júnior (PMDB) se abstiveram de concorrer neste ano.

Romildo, após nove mandatos, decidiu lançar o filho, Romildo Gomes Neto. É de Liberato a iniciativa do famoso “Data Liba” – previsão feita pelo decano da Câmara a cada eleição, desde 1988, envolvendo a disputa proporcional – que hoje aponta para um índice de renovação de aproximadamente 38% para a próxima legislatura, mesmo com tantos mandatários disputando a reeleição.

O “velho Liba” antecipa que entre 23 e 24 dos atuais vereadores devem conseguir renovar seus mandatos, ficando 15 ou 16 cadeiras disponíveis para os estreantes.

Algumas candidaturas são consideradas fortes pelo decano, como Jarbas Filho (PMDB), Edilson Silva (PSOL) e a irmã Aimée Carvalho (PSB), que o decano da Câmara cravou como uma das eleitas no “chapão” da Frente Popular, no Data Liba deste ano.

Em 2008, a renovação foi de aproximadamente 47%, com 17 vereadores novos para 37 vagas. À época, a grande taxa de renovação foi creditada ao caso das Notas Frias, que voltou à tona nessa campanha pelo envolvimento do candidato majoritário, Daniel Coelho (PSDB).

Dos 26 envolvidos no escândalo, 11 não conseguiram renovar seu mandato.

Essa é a primeira eleição municipal desde 1955 que o decano da Câmara não participa.

Vereador há 57 anos, Liberato Costa Júnior acumula 10 mandatos na Casa de José Mariano, além de um como deputado estadual.

Liberato foi ainda prefeito do Recife, por menos de um ano, entre fevereiro e dezembro de 1963, quando assumiu a chefia do executivo, como presidente da Câmara Municipal, com a ida de Miguel Arraes para o governo do Estado.

Mas a ausência de Liberato nada tem a ver com aposentadoria.

Disposto a concorrer a um novo mandato em 2012, Liberato disparou contra “caciques” do PMDB, sem citar nomes, alegando que eles inviabilizaram sua candidatura ao entrar no chapão de nove partidos da Frente Popular do Recife.