JC Imagem Por Bruna Serra, no JC desta quarta O processo eleitoral ainda nem terminou, podendo inclusive se prolongar com um eventual segundo turno, mas no PT o round mais importante do pós eleição já começou a ser orquestrado.

Demonstrando durante os três meses de disputa ser um exímio criador de problemas para o partido, o prefeito do Recife, João da Costa, que já não era dos mais queridos no seio vermelho, deve enfrentar um processo de expulsão movido pelos partidários do senador-candidato Humberto Costa e especialmente pela claque do ex-prefeito João Paulo.

Está sendo montado um dossiê com todas as polêmicas geradas por João da Costa durante a eleição para embasar o pedido de expulsão por infidelidade partidária a ser impetrado no Diretório Nacional.

O objetivo maior desse movimento é compilar nesse dossiê as “travessuras” do correligionário.

Passado o episódio da prévia e a decisão da executiva nacional de rifar o prefeito da sucessão municipal, uma imagem de vítima ficou atrelada a João da Costa.

Em virtude desse complicador, os petistas rivais estão recolhendo matérias de jornais e até fotos que possam embasar o pedido para evitar que sejam derrotados antes mesmo de conseguir abrir internamente o processo de expulsão.

Apesar de não admitir publicamente, e ciente da estratégia em curso, o prefeito e sua equipe tem trabalhado pesado para eleger o adversário Geraldo Julio (PSB).

A cada caminhada ou evento realizado por Humberto Costa, uma equipe do prefeito passa em seguida buscando reverter os votos conquistados pelo senador.

Nos bastidores também circula a informação que de forma reservada, os secretários da gestão estão realizando reuniões com servidores para reforçar a importância dos votos para derrotar Humberto já no primeiro turno.

João da Costa, por sua vez, com uma possível derrota das principais lideranças do PT em Pernambuco, não quer deixar o partido.

Tem pretensões de comandar o PT, deixando Humberto e João Paulo ainda mais isolados.

Para isso, seus soldados da mais alta confiança e até a primeira dama, Marília Bezerra, estão precipitando o acirramento interno de olho no Processo de Eleições Diretas (PED) que acontece no próximo ano.

Detentor da maioria dos delegados do Orçamento Participativo (OP), será a este exército que João da Costa deve se apegar para vencer os indicados de Humberto e João Paulo na eleição interna.