Por Bruna Serra, no Jornal do Commercio desta terça-feira Desde que sentiu o peso de partir para o enfrentamento com um governador que costuma alardear seus 90% de aprovação, o candidato a prefeito Humberto Costa (PT) vem se queixando de abuso de poder econômico.
Ontem, o petista disparou contra o Ministério Público Eleitoral (MPE), acusando o órgão de se omitir dos debates mais importantes do processo eleitoral.
Para Humberto, o MPE precisaria depositar sua atenção no uso do dinheiro público nas campanhas e não em questões como pintura de muros. “O que tem me preocupado muito é a postura passiva do MPE.
Tantas coisas que estão acontecendo que em outros tempos o Ministério Público tinha uma posição muito mais incisiva.
Está sendo gasto dinheiro da Compesa, dinheiro do governo do Estado para fazer campanha disfarçada.
Não se sabe o que é comercial do governo e o que é comercial de Geraldo Julio.
E ainda as notas oficiais da Compesa no jornal, nas rádios, se metendo na disputa claramente para favorecer um candidato, e não vejo do Ministério Público um movimento concreto”, provocou.
No último sábado (29), a ação em que a equipe jurídica de Humberto pede a impugnação do socialista por suposta propaganda casada com o governo completou um mês.
Irritado, Humberto cobrou uma posição da Justiça Eleitoral. “Alguém precisa responder o que é que está acontecendo!
O Poder Judiciário tem que definir.
O juiz é cunhado do presidente do PSB (Sileno Guedes)”, retrucou, no comitê de campanha, onde recebeu a coordenadora da Fundação Abrinq, Daniela Floro.
Procurada para responder às críticas, a assessoria do MPE informou que somente hoje poderia ser localizado o promotor da 7ª zona eleitoral do Recife, Edvaldo Costa, responsável por questionamentos de uso da máquina.
Já o juiz João Maurício Guedes Alcoforado, juiz que julgará a ação contra Geraldo e cunhado de Sileno Guedes, não atendeu e nem retornou as ligações.