Representantes da corrente do PT em Pernambuco Esquerda Marxista divulgaram uma nota no início da tarde desta segunda-feira (1º) criticando a postura do candidato a prefeito do Recife Humberto Costa (PT).
O texto classifica como “hipócritas” as críticas do correligionário ao governador Eduardo Campos (PSB). “Ele [Humberto] sempre apoiou tudo o que o governador fazia e continuam sendo aliados nacionalmente”, diz o texto.
O comunicado ainda afirma que Humberto foi abandonado pelo ex-presidente Lula e pela presidente Dilma Rousseff, que não pisaram no Recife nesta eleição, apesar de a capital pernambucana ser considerada prioridade pela direção nacional.
Além disso, a corrente avalia que o postulante integrante do partido da oposição nacional ao PT, o PSDB, Daniel Coelho, subiu nas pesquisas de intenção de votos mais recentes - “tomando” o lugar lugar e deixando Humberto para trás -, por causa do “desprezo pela base petista, a política de submissão à burguesia e suas alianças”.
Na reta final da campanha, Humberto vem assumindo uma postura de constantes ataques ao Governo do Estado.
O principal mote é a Parceria Público-Privada (PPP) do Saneamento, que, segundo a petista, é uma privatização do órgão.
O projeto, comandado poe Eduardo, prevê a universalização do serviço de esgotamento sanitário em todas as cidades do Grande Recife e em Goiana, na Zona da Mata Norte, em 12 anos.
Na semana passada, uma carta foi publicada por sete correntes também criticou a postura de Humberto na campanha do Recife.
As reações começaram após o candidato começar a dizer publicamente que o prefeito João da Costa (PT) apoia seu principal adversário, Geraldo Julio (PSB).
Em carta, correntes petistas saem em defesa de Eduardo e da PPP e dizem que grupo de Humberto abandonou o partido Humberto expõe na TV racha com prefeito Veja a íntegra: No início de 2012, o PT do Recife tinha incontestavelmente a preferência popular para eleger novamente o prefeito da capital.
Com diversos nomes de incontestável popularidade, o PT realizou prévias para escolha do candidato.
A maioria dos militantes definiu que o candidato seria João da Costa, atual prefeito derrotando Mauricio Rands, Secretário e candidato abençoado pelo governador Eduardo Campos, do PSB, com apoio do senador Humberto Costa.
Derrotados pelos militantes, recorreram ao Diretório Nacional do PT, que ignorou a base do partido, interviu e nomeou seu aliado Humberto Costa como candidato.
Maurício Rands numa reação típica de um que não pensava no partido e numa atitude individualista, declara que renuncia à Secretaria do governo de Eduardo Campos, ao mandato de deputado federal, se desfilia do PT e “abandona a vida pública”.
A militância petista fica revoltada com a truculenta intervenção e se recusa a fazer campanha para o interventor Humberto Costa.
O governador acostumado a interferir na vida interna do PT através de seus aliados dentro PT sente que chegou sua hora de partir para o ataque.
Eduardo Campos rompe a aliança e apresenta um ”desconhecido” como candidato.
Humberto Costa, abandonado por seu aliado Eduardo Campos, por seu aliado Rands, e pela militância petista, desaba dos 40% que o PT tinha para 16% das intenções de voto.
Abandonado também por Lula e Dilma que se escaparam ao ver a derrota anunciada, Humberto Costa agora tenta um discurso de “esquerda” para tentar se reanimar.
Mas, é inútil.
Sua crítica ao PSB é vista como hipócrita, pois ele sempre apoiou tudo o que o governador fazia e continuam sendo aliados nacionalmente.
O desprezo pela base petista, a política de submissão à burguesia e suas alianças levaram ao descrédito e ressuscitaram o PSDB em Recife, (hoje em 2º lugar), além de entregar a prefeitura para a direita.
Essa política aplicada por Lula, Genoíno, José Dirceu, Humberto Costa, João Paulo, Rui Falcão, dentre outros, hoje sente na prática o ódio da burguesia.
Ela está levando à destruição do PT e causando a apatia entre os trabalhadores.
Para a Esquerda Marxista os verdadeiros aliados do partido operário são a classe operária e não partidos que defendem os interesses dos capitalistas como: PSB, PTB, PDT, DEM, PSDB, PSD, PRB, PPS e outros.
Essa fatura é da direção nacional do PT.
Que sirva de exemplo do que não fazer.
A Esquerda Marxista nunca apoiou as alianças com PSB e a direita.
Sempre defendeu a democracia dentro do PT para que as posições fossem democraticamente discutidas e aplicadas.
Não temos nenhum compromisso com a intervenção e seu candidato.
Declaramos ainda que nenhum dos outros candidatos deve receber o voto de qualquer trabalhador ou jovem que deseja mudar a vida dos excluídos da cidade do Recife.
Conclamamos a militância petista a se organizar com a Esquerda Marxista para defender a independência de classe e lutar para que o PT vire à esquerda, reate com a luta contra o capitalismo e rompa com a Burguesia.
Só assim poderá governar e aplicar um programa transitório em direção ao socialismo e livrar a classe trabalhadora das oligarquias dominantes a serviço do capital.
Coordenação da Esquerda Marxista-Pernambuco