Ana Lúcia Andrade, no Jornal do Commercio deste sábado (29) A briga entre PSB e PT na sucessão do Recife chegou ao limite e o governador Eduardo Campos resolveu cobrar a fatura.

Sem alarde, o governo tem gerado “embaraços” aos petistas com assento no Palácio do Campo das Princesas, integrantes do grupo político do candidato Humberto Costa, para que deixem os cargos que ocupam.

A “pressão” tem sido feita com todo o cuidado para não imputar diretamente a Eduardo a varredura do PT humbertista da gestão.

Tudo vem sendo feito para que os próprios petistas reconheçam que não há mais clima para dividirem com o PSB a gestão do Estado, depois da campanha que o PT deflagrou contra o projeto de Parceria Pública Privada do saneamento – para os socialistas “difamatória” – com o intuito de atingir o candidato Geraldo Julio (PSB).

De tudo que os socialistas contabilizam no dossiê de ataques do PT, desde que o PSB resolveu disputar no Recife, a tentativa de macular a PPP do saneamento com o selo de “privatização”, acompanhada do ônus de suposto reajuste de tarifa, foi a gota d’água na tolerância que Eduardo vinha tendo com o PT e, principalmente, com Humberto.

A operação destinada a remover o PT do governo esbarra sobretudo num petista do 1º escalão: o secretário Isaltino Nascimento (Transportes), um dos mais resistente a deixar a função.

Ele desfruta de um certo reconhecimento por parte de Eduardo, pelo tempo em que “fez as honras” da gestão como líder do governo na Assembleia.

O PT é titular ainda da Cultura, com Fernando Duarte.

Há um mês, tinha a presidência da Empresa Pernambucana de Transportes Intermunicipal com Dilson Peixoto, que se licenciou para atuar na campanha de Humberto.

Exceto as duas pastas, há uma legião de petistas espalhados pela pasta da Saúde e Fundarpe.

Muitos foram os capítulos dessa novela “sai não sai” do governo Eduardo protagonizada pelo PT.

Agora, com a radicalização na campanha o capítulo final estaria próximo.