Foto: Milenna Gomes/NE10 Do NE10 Foi tímida, mas colorida a estreia do movimento Cavalete Parade, na tarde deste sábado (29), no Marco Zero.
A mobilização aconteceu simultaneamente em vários estados do País e prega a resignificação de cavaletes de campanha política através da arte.
Pouco mais de 20 pessoas estiveram no evento para expor e fazer intervenções nas peças.
A maioria publicitários, designers e artistas que ouviram falar da mobilização na web. “Veio de uma frustração de outras eleições.
O cavalete é uma mídia ineficaz e irrelevante.
Ocupa espaço e polui visualmente”, contou a designer Andrea Costa, 27, que resgatou a propaganda de uma árvore.
Tinta óleo, em spray e recortes foram alguns dos materiais usados na confecção dos objetos.
A arquiteta Barbara Cardoso, 25, e o amigo Adriano Carvalho, por exemplo, utilizaram santinhos de políticos para fazer uma colagem. “Eu já faço intervenções em espaço público, mas essa é diferente. É arte urbana, arte política”, explicou Barbara.
Ela espera que as próximas edições da Parede sejam mais movimentadas.
Andrea lamentou a idade de poucos. “Muitos confirmaram na internet, mas não compareceram.
Infelizmente as pessoas acham que isso é uma forma de participação, no entanto fica restrita, apenas, à espera digital”, disse.
ORIGEM - Inspirada no Cow Parade (evento de arte pública que espalha escultura de vacas decoradas pelas ruas), a Cavalete Parade é mais um exemplo de mobilização pela internet.
O evento foi criado pelos amigos Victor Britto, publicitário de 24 anos, e Marco Furtado, ilustrador de 28 anos, ambos de São Paulo, que divulgaram a ideia no facebook.
A proposta deles é recolher cavaletes com propaganda política colocados de forma irregular nas calçadas da capital paulista e usá-los como suporte para fazer arte.