O senador mineiro, com o candidato do PSDB no Recife, Daniel Coelho, em jantar na casa do deputado federal Sérgio Guerra Por Jamildo Melo Em visita ao Recife nesta quinta-feira, O presidenciável Aécio Neves criticou Lula e Dilma, abertamente, em um jantar reservado na casa do presidente do PSDB, Sérgio Guerra.

Aécio Neves criticou a postura do ex-presidente, em campanha pelo Brasil. “Ele está deixando de se comportar como um ex-presidente e virou líder de uma facção.

Não é bom para ele nem para a sua história”, acredita. “Gosto dele, mas não com esta agenda.

Ele deveria estar desempenhando um papel mais importante internacionalmente para o Brasil.

Apoiar aliados é normal, mas os ataques (de Lula aos tucanos) estão muito violentos” Na avaliação do senador mineiro, o PT sofre uma fadiga de material. “Há um cansaço em relação à forma de agir do PT.

Eles perderam a capacidade de se reformular.

Por isto, um estágio na oposição iria fazer muito bem ao PT.

Um poder tão longo, dez anos, não fez bem ao PT.

Eles abandonaram a sua história”, declarou, acrescentando que iria trabalhar duro para que o PT reencontrasse sua história, agora na oposição. “O Lula místico não existe mais”, ponderou. “Temos uma prévia (das eleições presidenciais) porque os candidatos que eles estão apoiando não estão indo bem”, observou.

Aécio Neves reclamou, em especial, da nota pública divulgada pelo partido, na semana passada, reclamando de um suposto golpismo contra o PT por conta do julgamento do Mensalão no STF. “É difícil respeitar. É uma nota ridícula.

Isto sim é o nunca antes na história.

Foi feita para alertar a deposição de um ex-presidente?”, questionou, evitando críticas ao presidente do PSB, Eduardo Campos, que também assinou o documento. “Cada um sabe onde o calo aperta” Na avaliação que fez do governo do ex-presidente Lula, Aécio Neves frisou que ocorreram dois avanços.

O primeiro deles seria a manutenção da política econômica de FHC, mesmo contra os mais radicais.

O segundo o adensamento dos programas sociais. “No entanto, mesmo tendo a seu favor condições históricas de fazer as reformas, preferiu ficar com a popularidade alta.

Lula não queria contencioso.

Botou a reforma tributária no arquivo, a reforma política no arquivo, a reforma da previdência.

Eu cheguei a lhe dizer que ele tinha uma vantagem que ninguém mais teve.

Lula teve o PSDB na oposição e não o PT. É uma vantagem que ninguém teve, só Lula”. “O PT não propôs nada de novo.

Se contentou com os altos índices de popularidade.

Usou essa popularidade para surfar.

Não é posição de estadista.

Lula não soube usar a popularidade para fazer um pais melhor”, declarou. “Ele deveria gastar, usar essa popularidade, para fazer o que tinha de ser feito.

Dilma vai no mesmo caminho” Sobre Dilma, Aécio disse que ela é favorita em 2014, mas a popularidade pode ser contrastada com uma agenda de cobranças. “Nessas pesquisas de opinião, não tem o contraditório.

Como anda a saúde, como anda a educação, não há nenhum questionamento a ela.

Não se coloca o embate de um projeto novo”, dá a pista.

O mineiro Aécio Neves não descartou uma aliança com o PSB, em um voo nacional. “Só Eduardo Campos é que pode dizer se virá para o nosso lado depois”, disse. “Nem sei se sou candidato a presidente”, desconversou, em dado momento.

No caso da reforma partidária, por exemplo, Aécio Neves defende que só deveriam existir cinco ou seis partidos. “Hoje, se conversa com grupelhos, quase com indivíduos.

O problema é que qualquer presidente vai ser refém desta armadilha”, afirmou, em um declaração que pode ser interpretada como referência ao Mensalão.

Com a ajuda de Deus, o Blog de Jamildo divulga ainda hoje os vídeos com as falas.