Foto: Gabriela López/BlogImagem “Quem assinou o contrato que permitia a realização da PPP do Saneamento foi o ex-prefeito João Paulo Lima e Silva”.

Com estas palavras o presidente da Compesa, Roberto Tavares, desconstruiu os ataques feitos pelo candidato a prefeito do Recife pelo PT, Humberto Costa, ao projeto do governador Eduardo Campos (PSB).

Afinado com a força-tarefa que os socialistas montaram para responder ao petista, Tavares convocou uma coletiva de imprensa na tarde desta terça-feira (25).

Em comunicado, Compesa diz que PPP não é privatização e nega reajustes na conta de água PT rebate Compesa e diz que João Paulo apenas formalizou a transferência do sistema de água e esgoto para a empresa Em debate, Humberto diz que vai acabar com PPP do Saneamento no Recife Humberto usa Compesa e aumento de tarifas contra Geraldo e governo Eduardo.

PSB fez o mesmo com o reajuste da Celpe Eduardo Campos diz que Humberto está desesperado Mendonça critica omissão da Prefeitura na PPP do Saneamento Na ocasião, ele disse que a Compesa não precisou de permissão da Prefeitura para fechar o contrato da PPP, já que, em 2005, o ex-prefeito João Paulo (PT) - hoje vice da chapa de Humberto - assinou um “Contrato de Programa” no qual formalização “o poder” da Compesa de operar todo o sistema de água e esgoto da capital pernambucana.

Diz o texto: “A exclusividade mencionada no artigo 1º desta cláusula não impede que a Compesa celebre parcerias público-privadas para a prestação dos serviços abringidos por este Contrato de Programa, através da escolha de do parceiro privado por procedimento licitatório nos termos da Lei Federal 11.079/2004 e da Lei Estadual nº 12.765/2005, de 27/01/2005”.

Quem também assina o documento é o ex-governador Jarbas Vasconcelos (PMDB), da coligação de Geraldo Julio (PSB).

Em fevereiro deste ano, o prefeito João da Costa apenas assinou um Termo Aditivo no qual adequa o prazo do contrato da PPP.

Na reta final da campanha eleitoral, com Geraldo liderando as pesquisas de intenção de votos e Daniel ultrapassando Humberto, a PPP entrou na pauta do debate.

Quem inicicou as críticas foi Roberto Numeriano (PCB) e Humberto explorou.

O projeto prevê atingir uma cobertura de 90% do saneamento nas cidades do Grande Recife, além de Goiana, na Zona da Mata Norte.

Após jogar a permissão da PPP no colo de João Paulo, Roberto Tavares ainda disse que o ex-deputado Maurício Rands (PT) foi quem articulou e “discutiu com seus pares” o projeto. “Hoje é muito fácil dizer que não sabe do que se trata.

Ou foi desinteresse ou é falta de conhecimento”, alfinetou.

No meio do imbróglio do PT para escolher o candidato que disputaria a Prefeitura, Rands chegou a ser colocado como postulante pelo grupo de João Paulo.

Ele disputou uma prévia com João da Costa, perdeu, mas o pleito foi anulado pela Executiva Nacional da legenda com o argumento de irregularidades na lista de filiados aptos a votar.

Uma nova prévia estava marcada, mas Rands renunciou em favor de Humberto, que apareceu como nome alternativo para a disputa em mais uma imposição da direção nacional petista.

Após a definição do nome de Humberto como candidato, Rands divulgou uma nota dizendo que foi pressionado a renunciar, se desfiliou do partido, renunciou ao cargo de deputado e de secretário de governo de Eduardo Campos e saiu da política.