Foto: reprodução da internet Mais parece um programa de candidato a governo do Estado, mas é o guia eleitoral do Recife.
O candidato do PT, Humberto Costa, usou um bom tempo do programa eleitoral para criticar a PPP da Compesa, que promete acabar com a falta de saneamento em vários municípios da RMR, inclusive no Recife.
Um locutor garante que a conta de água será 15% e chama a operação de privatização, que os socialistas negam como tal.
Depois de apresentado o problema, Humberto Costa aparece dizendo que vai melar o processo, se for eleito.
Aparece até o deputado federal Eduardo da Fonte, do PP de Paulo Maluf, associando o aumento da tarifa da Compesa à privatização da Celpe.
O ataque é direto a Geraldo Júlio, que já defendeu a iniciativa.
Geraldo Julio responde Numeriano sobre PPP da Compesa Não deixa de ser engraçado como uma ideia desta volte ao debate político.
O PT parece querer que Eduardo Campos prove do mesmo veneno.
Nas eleições estaduais, quando elegeu-se pela primeira vez, contra Mendonça Filho, descobriu o mote e bateu até não poder mais, auferindo grande dividendos eleitorais com a estratégia.
A maior ironia é que o tipo de ataque parta de um ex-ministro da Saúde, no governo Lula.
Os médicos sabem que a oferta de saneamento é a melhor medida de combate à disseminação de doenças.
Caso saia mesmo, a PPP será a maior ação de saúde dos últimos anos.
Chega de demagogia.
Eui acredito que a população quer o serviço, desde que seja eficiente, não importando se é público ou privado.
Entenda a polêmica O projeto da Parceria Público-Privada (PPP) do Saneamento envolve 14 municípios da Região Metropolitana do Recife e a cidade de Goiana, que tem investimento previsto de R$ 4,3 bilhões.
O tema rende polêmica desde março deste ano.
A Assembleia Legislativa chegou a realizar uma audiência pública para discutir a Parceria Público Privada (PPP) do Saneamento articulada pelo Governo do Estado.
O curioso é que o pedido foi realizado pelo tucano Daniel Coelho.
No final do encontro, para não colocar azeitona na empada dos socialistas, reclamou. “Os dados apresentados não deixam claro se vai haver aumento de tarifa para a população e dão a entender que só a parte rentável será entregue à iniciativa privada”, observou.
Na prática, a crítica do PT é mais um eco do sindicalismo público.
Sindicalistas e funcionários da Compesa defenderam a manutenção dos serviços nas mãos do Estado, alegando que a PPP é pior do que privatização, vai levar o órgão à falência e trazer prejuízos à população.
José Barbosa, presidente do sindicato dos urbanitários, já criticou publicamente a proposta. “Nossos cálculos indicam que o impacto nas contas da Compesa será de R$ 86 milhões e será necessário um aumento de 14,47% para zerar o déficit.
Por lei, essa simulação deveria ser feita pelo Estado”.
O presidente da Compesa, Roberto Tavares, assegurou que não haverá aumento. “Não vai haver aumento de tarifa por conta da PPP, nem demissão de funcionários”.
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