Pai de família Demógenes Gustavo Pereira denunciou um caso de negligência e falta de segurança no sistema de transporte escolar da Rede Municipal de Ensino de Salgueiro.

Seu filho, Ezequiel, de nove anos, caiu de um ônibus escolar em movimento e foi atropelado pelo veículo no Sítio Boa Vista (DNOCS) Segundo Demógenes, o coletivo passou por cima da cintura do menino, deixando-o gravemente ferido. “Ele foi transferido para o Hospital dos Traumas, em Petrolina, mas quando chegou ao Traumas ele ficou sendo transferido do Dom Malan para o Traumas, do Traumas para o Dom Malan, e ficou nesse procedimento.

Por não ter sido bem atendido, ele pegou infecção hospitalar e teve alta, mas ele tá urinando por uma sonda, tá defecando através de lavagem e ele tá com uma secreção nas costas que tem que fazer curativo todo dia”, expõe Demógenes.

Demógenes afirma que o filho passou mal nesta quinta-feira (13), foi para o hospital, mas não recebeu atendimento. “Quando chegamos aos hospitais de Salgueiro os médicos falam que a situação dele é estável, tem que cuidar em casa.

O médico que examinou queria mandar ele pra casa, só que a gente não tem como cuidar desse menino lá no DNOCS, porque ele tá urinando por uma sonda, tem que fazer curativo e a gente não sabe como fazer”, reclama.

Para piorar a situação, Demógenes foi demitido do trabalho porque passou alguns dias com o filho em Petrolina.

Procurou a prefeitura para solicitar ajuda financeira, porém, até o momento não recebeu auxílio. “Eu fui pedir que a prefeitura providenciasse um local aqui na cidade pra gente ficar, porque lá no DNOCS não tem como a gente cuidar dessa criança.

Pedimos que eles tomassem providência para que essa criança não ficasse como lá em Petrolina, jogada de um lado para o outro.

A gente está dependendo da prefeitura e da Secretaria de Educação”, declara. “Tem horas que eles chegam é com ignorância, humilhação, e o que eu quero é a saúde do meu filho, porque na situação que meu filho se encontra, que eu tenho vídeos para provar, as pessoas ainda querem humilhar, mandar a gente tomar cuidado?

Tem pessoas que chegaram até a ameaçar, mandando que eu tomasse cuidado com ele, mas, cadê a cidadania?”, questiona o pai, que pede auxílio do poder público para cuidar do filho.