Foto: Agência Brasil O ministro relator do processo do Mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, iniciou a sessão desta segunda-feira (17) proferindo seu voto em relação ao item VI da denúncia, que trata do chamado núcleo político do esquema, incluindo o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu (PT).

Para ele, “há uma farta documentação e não há dúvida da existência do esquema de compra de votos”, referindo-se aos deputados e ex-deputados deputados do PP Pedro Henry, Pedro Corrêa e José Janene (já falecido), além do ex-assessor João Cláudio Genu.

Núcleo político do Mensalão começa a ser julgado nesta segunda.

Acompanhe ao vivo No seu voto, que ainda não anunciou a condenação de algum réu, o ministro lembrou que várias pessoas do governo, inclusive o ex-presidente Lula, foram informados pelo deputado federal Roberto Jefferson (PTB) sobre o esquema de pagamento de propina a parlamentares em troca de apoio político.

Logo no início da leitura, Barbosa disse que vai analisar inicialmente as acusações de corrupção passiva, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.

Ou seja, a denúncia de corrupção ativa - na qual Dirceu, o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares e o ex-presidente nacional do PT José Genoíno estão envolvidos - ficará para o fim desta etapa.

Os votos dos ministros estão sendo feitos de forma fatiada. “O PP foi contemplado com valores milionários, foram repassados R$ 4,1 milhões do PT para o partido.

Os partidos não firmaram alianças eleitorais em quase nenhuma cidade.

Fica claro que os parlamentares deram seu apoio incentivados por estes valores”, disse o relator, derrubando a tese das defesas de existência de caixa 2.