Daniel Coelho (PSDB), deputado estaudual e candidato a prefeito do Recife, divulgou vídeo no seu canal do Youtube em que conta sua versão do caso das notas frias, que voltou à tona esta semana.
No vídeo, o tucano afirma que “não tem nenhum processo para responder” e que é um candidato “ficha-limpa”. “Não tenho nenhum tipo de condenação.
O que houve foi há seis anos, uma acusação em cima da Câmara Municipal.
Não foi só comigo, mas com todos os vereadores (na verdade, contra 26 dos 37).
Os assessores de gabinete, o meu e os demais, no final do mês prestavam conta das desepsas com combustível do seu carro, almoço, das despesas com cópia, com material gráfico.” “A Câmara tinha um controle interno que deveria analisar a nota e, sendo a nota correta, automaticamente reembolsa o vereador.
O controle interno falhou, deixou de identificar as notas erradas.
E assim que foi identificado o erro nós imediatamente devolvemos todos os recursos que estavam sendo questionados e depois fomos à justiça provar a nossa inocência.” MPPE recorre ao TJPE por não acolher denúncia contra Daniel Em resposta ao MPPE, Daniel se compara com Gandhi na campanha do Recife O caso voltou à tona esta semana, quando - após manter o processo “preso” por mais de um ano - uma das Câmaras Criminais do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) divulgou o acórdão, dando ao Ministério Público do Estado a oportunidade de 48 horas recorrer da decisão do TJPE ou entrar com nova denúncia contra Daniel.
Em resposta ao MPPE e ao TJPE, Daniel Coelho emitiu nota classificando como “vergonhoso” o fato de a ação vir à tona justo quando sua candidatura cresce nas pesquisas, ameaçando o ritmo do crescimento de Geraldo Julio (PSB).
O tucano também deu a entender que haveria a atuação dos “donos do poder” por traz do MPPE e do TJPE.
Aguinaldo Fenelon diz que Daniel Coelho cometeu crime, confessou e tem que pagar Daniel Coelho diz que quitou as dívidas com o Tribunal de Contas Em nota, Fenelon diz que fato de Daniel ter devolvido dinheiro não esgotou o assunto na esfera criminal O Procurador-Geral do MPPE, Aguinaldo Fenelon, respondeu que Daniel cometeu um crime, confessou e tem de ser punido por isso, completando ainda que o fato de o tucano ter devolvido o dinheiro não isenta ele do crime, apenas atesta que ele cometeu o erro.
Sobre o fato de o processo sair do limbo justo no período eleitoral, Fenelon jogou a culpa para a lentidão do TJPE.
Fernando Ferreira, vice-presidente do TJPE, disse que o processo saiu de sua mesa no período eleitoral, após seis meses no seu gabinete, foi “mera coincidência”.
E ainda devolveu a bronca para o MPPE. “A denúncia contra o deputado Francismar também ficou um tempo aqui no TJPE, com o relator Jones Figueiredo.
Mas em 1º de setembro de 2011 nós emitimos o acórdão ao MPPE.
Mas eles não recorreram.
Por que não recorreram?
E por que vão recorrer do Daniel?”, questionou Ferreira.
Vice-presidente do TJPE diz não ter nada contra Daniel.
Para ele, foi tudo mera coincidência Denúncia contra Daniel ficou seis meses na mesa de desembargador antes de ser enviada ao MPPE