(Foto: Vinícius Sobreira/Blog de Jamildo) O Desembargador Fernando Eduardo de Miranda Ferreira, vice-presidente do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), afirmou que “é só coincidência” o fato de, justamente em meio ao período eleitoral, o Tribunal remeter ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE) a denúncia do caso das notas frias envolvendo o candidato a prefeito Daniel Coelho (PSDB).
Fernando Ferreira também foi o relator da denúncia contra Daniel.
Denúncia contra Daniel ficou seis meses na mesa de desembargador antes de ser enviada ao MPPE “A minha decisão não teve nada de político.
Não tenho nada contra o Daniel Coelho e nem fiz isso a mando de ninguém.
Foi coincidência”, defendeu-se.
Na última quarta-feira (12) o deputado estadual e candidato a prefeito do Recife Daniel Coelho (PSDB) emitiu nota classificando como “vergonhoso” o fato de o TJPE trazer o caso ainda não julgado à tona agora, a um mês das eleições.
O candidato tucano deu a entender que teria sido por mando do governador.
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Dos 37 parlamentares, 26 estavam envolvidos na denúncia feita pelo MPPE.
Alguns se reelegeram e outros até conseguiram, dois anos depois, uma vaga na Assembleia Legislativa.
Daniel Coelho foi um dos cinco que se tornaram deputados.
Os deputados estaduais têm foro privilegiado e as denúncias contra eles devem ser julgadas diretamente pelo TJPE.
Então o Ministério Público denunciou os cinco.
A lentidão e uma sequência de erros do judiciário fizeram com que a denúncia contra Daniel caísse no limbo e, de acordo com o desembargador Fernando Ferreira, “por coincidência” veio à tona agora, em meio à corrida eleitoral.
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