O deputado estadual Daniel Coelho (PSDB), candidato a prefeito do Recife, afirmou que “tudo já foi restituído” e que o assunto que volta à tona já estaria “vencido”.

A entrevista à Rádio Folha concedida na manhã desta quinta-feira (13) ainda rendeu farpas para o candidato Geraldo Julio (PSB) e seu aliado, o deputado federal Raul Henry (PMDB).

Quando questionado sobre a ação do MPPE que traz à o caso das Notas Frias, de 2008, Daniel preferiu não ficar rendendo, disse que é “coisa do passado”. “Tudo já foi restituído.

Eu tenho a certidão emitida nesta segunda-feira (10) pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) dizendo que eu não tenho mais nenhum tipo débito.

Isso é assunto vencido”, reclamou o tucano. (veja a certidão na foto abaixo da matéria).

Aguinaldo Fenelon diz que Daniel Coelho cometeu crime, confessou e tem que pagar MPPE recorre ao TJPE por não acolher denúncia contra Daniel Em resposta ao MPPE, Daniel se compara com Gandhi na campanha do Recife Em crescente nas pesquisas na reta final da corrida eleitoral, Daniel deve ser o alvo da vez e o referido processo certamente será citado no guia eleitoral de algum adversário.

Quanto a isso, o candidato disse não temer e que quer debater. “Se tocar nesse assunto nos debates a gente vai responder.

Nunca tive medo de enfrentar absolutmente ninguém.

Temos um debate no próximo sábado (15) na Rádio Jornal e se eles quiserem poderão falar”, disse Daniel.

Sobrou farpa até para seu ex-companheiro de oposição, o deputado federal Raul Henry (PMDB), que recentemente aderiu ao bloco governista. “O enfrentamento tem que ser esse mesmo, no debate direto ou no guia, não fazendo críticas se utilizando de terceiros”.

Na última quarta-feira (12), em debate na Rádio CBN, Raul henry (PMDB) criticou o discurso político de Daniel, afirmando que o tucano estaria adotando um “discurso messiânico” e que não poderia representar o novo, já que está na política há alguns anos.

Em resposta, Daniel emitiu nota afirmando que Raul Henry seria um garoto de recados de Geraldo Julio (PSB).

Geraldo Julio - O tucano evita citar nomes quando faz suas críticas, mas hoje não se mostrou muito preocupado em manter tal cuidado.

Tentando desconstruir a candidatura de Geraldo Julio (PSB), Daniel disse que “a cidade deve ser governada por alguém que sempre prestou atenção na cidade, não por alguém que não tem um mínimo de conhecimento da cidade, nunca pensou em ser prefeito do Recife” e que “só ficava dentro de um gabinete”.

O tucano afirmou ainda que Geraldo Julio teria atingido seu teto e que agora o crescimento socialista será menor.

Para Daniel, o crescimento da campanha do PSB se deu por conta dos recursos financeiros. “Ele cresceu pelo tamanho da máquina, cresceu porque gastou mais.

Foi dinheiro demais, nunca vi tanto material na rua.

E isso tem influência.

Mas ele não pense que vai comprar a opinião da cidade.

O dinheiro não vai comprar a consciência do povo”, disse.

Coelho ainda comparou Geraldo Julio com o atual prefeito, João da Costa (PT), que tem apenas 25% de aprovação do recifense. “Quem quer a continuidade do governo de João da Costa tem razão para votar em Geraldo.

Ele é um candidato inventado, como foi João da Costa há quatro anos.

E eles fazem parte de um mesmo grupo político.

Até o marqueteiro é o mesmo”, lembrou.

Num outro momento, Daniel comparou as candidaturas do PT e do PSB. “As críticas que faço não são às pessoas.

Não tenho nada contra nenhum deles.

O nosso adversário é a velha prática política coronelista de indicação do candidato.

E os dois (Geraldo Julio e Humberto Costa) se encaixam nessa prática.

Nada contra os dois candidatos, que sei que têm contribuições a dar á sociedade”, amenizou.