A mediocridade sem limites da gestão João da Costa Por Edilson Silva Este não é um artigo de opinião, mas a expressão de uma indignação, por conta de ter recebido uma notificação da justiça eleitoral por suposta propaganda eleitoral irregular, supostamente em logradouro público.

Um painel de 4 metros quadrados que coloquei em um terreno privado da cidade foi recolhido pela Prefeitura do Recife – certamente pela Dircon, e encaminhado ao Tribunal Regional Eleitoral.

O terreno em que coloquei o painel é onde funcionava o Bar Garagem, na cabeceira da ponte da Torre.

O terreno está devidamente cercado com arame farpado a uma altura de mais de 2 metros de altura, está escriturado, caso contrário a PCR não deveria aceitar o proprietário cercá-lo.

Ou seja, a equipe da prefeitura pulou a cerca, adentrou no terreno e subtraiu patrimônio alheio.

Isso é crime.

Detalhe: o furto, tecnicamente falando, aconteceu num domingo à noite.

Faço uma campanha humilde, acanhada em exposição nas ruas.

Não tenho carros de som rodando pela cidade, por opção política, pois acho um desrespeito entupir o ouvido alheio com propaganda sonora.

Ando pelas ruas, praças, feiras, mercados, com uma caixinha de som de 55 watts, acoplada a um carrinho empurrado por um militante, tocando nosso jingle a uns 25 a 30 watts de potência e que me serve para fazer comícios relâmpago, para não agredir os ouvidos de ninguém.

Falo para pessoas que estão no máximo a uns 15 metros de distância.

Não tenho um único cavalete de campanha na cidade, por opção política, pois acho um atentado contra a acessibilidade e mobilidade de pedestres ocupar as calçadas desta forma.

Ando pedindo aos apoiadores e moradores da cidade que disponibilizem suas sacadas, portões, janelas, para afixarmos nossas poucas faixas e banners.

Dentre estes, fizemos apenas 15 no tamanho de 4 metros quadrados, para serem afixados em locais de maior visibilidade.

Um deles está sendo toda noite derrubado por um candidato delinquente no Ibura.

Um outro, no terreno do antigo Bar Garagem, pensei, tinha sido furtado por algum delinquente avulso ou pobre em busca de madeira e lona para um barraco.

Equivoquei-me neste último caso.

A delinquência foi do poder público municipal.

Infelizmente, os incontáveis e incômodos cavaletes que se espalham pelos logradouros públicos da cidade não recebem da Prefeitura a mesma atenção, são ignorados.

A gestão de João da Costa, com seus auxiliares na Secretaria de Planejamento e na DIRCON, desconhecem os limites impostos pela democracia republicana.

São covardes, ilegais e imorais contra os mais humildes da cidade, mas subservientes e capachos dos interesses de grupos econômicos robustos da cidade.

Que o digam construtoras, faculdades que ocupam desordenadamente as áreas centrais da cidade, shoppings, empresas de ônibus e outros que sequestraram a gestão pública do Recife.

Apesar da indignação, compreendo a atitude desesperada da gestão petista de João da Costa.

Eles devem mesmo torcer para que eu não me eleja vereador desta cidade.

Seus ilícitos cometidos nestes anos não ficarão impunes ou acobertados se conseguirmos chegar à Câmara.

O tempo da oposição que se limita a denunciar preço de lonas de carnaval está chegando ao fim.

O tempo da oposição que se junta à sociedade e ao povo mobilizado para fazer as transformações de baixo pra cima está próximo.

Não terão de nossa parte a menor transigência, podem apostar.

Vamos resgatar nossa placa no TRE e vamos recolocá-la no terreno, ao mesmo tempo em que vamos requisitar remédio judicial para impedir que a delinquência da gestão municipal volte a atuar.

Presidente do PSOL-PE e candidato a vereador do Recife.