Foto: Andréa Rêgo Barros/divulgação Após fazer um discurso enfático durante caminhada em Casa Amarela, Zona Norte do Recife, ao lado do candidato a prefeito Geraldo Julio e do governador Eduardo Campos (PSB), criticando a nacionalização da campanha do Recife, o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) atacou, em entrevista à imprensa, o postulante Humberto Costa (PT), que na sexta-feira (7), disse que a aliança entre ele e Eduardo é um escárnio.
Caminhada do PT tem ciranda, bronca do TRE e farpa para Jarbas Recife não é quintal de São Paulo, repete Cristovam Buarque em ato de Geraldo O anti-Lula estreia nas ruas com Geraldo No mesmo palanque de Eduardo Campos após 20 anos, Jarbas lembra que ainda há divergências Confiante, Jarbas diz que irá aparecer no guia e que acredita numa vitória de Geraldo no primeiro turno “Humberto quer tirar os defeitos dele para colocar nos outros.
Quem está fazendo uma campanha radicalizada é ele.
Não sou responsável pela mediocridade da campanha de Humberto.
Ele está desesperado, desestabilizado, agressivo e isso representa um perigo.
O importante é aguentar essas coisas e chegar no primeiro turno, que temos condições de ganhar”, comentou o peemedebista.
O senador ainda disse que se sente honrado em participar da campanha socialista. “Ele [Geraldo] vai ganhar sem ser no grito, no desaforo, sem chamar ninguém de traidor.
Vai ganhar porque está do lado dos melhores, da verdade e com uma campanha limpa, que é o que o povo do Recife quer".
E garantiu: “não há hipótese” de questões nacionais serem discutidas agora.
O PT critica a aliança entre Eduardo e Jarbas lembrando que o peemedebista é um dos mais ferrenhos críticos do ex-presidente Lula, ao qual o socialista é aliado.
No seu discurso no evento - primeiro ato de rua com Geraldo -, o senador fez uma defesa do prefeito João da Costa (PT), avaliando que ele não conseguiu governor porque foi impedido pelos próprios aliados. “Nosso adversário botou um prefeito e dois, três meses depois ele não era bom para governar e deixaram ele sem condições de trabalhar”.
Em seguida, ele exaltou a “competência”, como disse, do governador de reunir uma grande frente de partidos na coligação.
O bairro, Casa Amarela, foi escolhido estrategicamente para o evento, já que Jarbas e o PMDB tem inserção na área e, por isso, a recepção das pessoas foi positiva.
Jarbas certamente foi o personagem central da caminhada.
Geraldo puxava-o para perto constantemente.
Quando o senador parava para tomar água ao longo do percurso de 2,5 quilômetros, todo o grupo esperava por ele.
No fim do evento, questionado sobre a sensação de participar de uma caminha de campanha após tanto tempo e a cirurgia no coração a qual se submeteu este ano, ele brincou: “estou meio quebrado, mas foi bom”.
Veja parte do discurso de Jarbas: A presença do senador - que após 20 anos de rixa com Eduardo e seu avô, o ex-governador Miguel Arraes, já falecido - se arrastava há 20 anos, até que ambos coligaram-se nesta eleição.
A presença do senador em atos de rua de Geraldo e no guia era cobrada pelos adversários.
Em nota oficial, PMDB anuncia apoio ao PSB Jarbas justifica aliança com o PSB: a oposição não se entendeu, não tinha unidade Também prestigiaram o evento o candidato a vice-prefeito da coligação, Luciano Siqueira (PCdoB), o vice-governador, João Lyra Neto (PDT), o senador Cristovam Buarque (PDT), além de um batalhão de candidatos a vereador.
INDIFERENÇA - O governador Eduardo Campos (PSB) também ainda ironizou a afirmação de Humberto de que a aliança com Jarbas é um “escárnio”, em conversa com a imprensa após a caminhada em Casa Amarela. “Ninguém aqui perguntou sobre isso nas ruas.
Todos estão vendo que foi uma aliança feita às claras, com 14 partidos. É o apoio que todos queriam, mas só Geraldo tem”.