(Imagem: reprodução) Seguindo as sessões de julgamento da Ação Penal 140, o “mensalão”, o ministro Ricardo lewandowski, revisor do processo, segue a leitura do seu voto.
Na tarde desta quarta-feira (5), Lewandowski declarou seu voto pela absolvição dos réus Ayanna Tenório, ex-diretora do Banco Rural, e Vinícius Samarane.
O julgamento está concentrado agora no chamado Núcleo Financeiro, que tem como cabeça a dona do banco Rural, Kátia Rabello.
Os três acusados de serem os braços de Kátia Rabello são José Salgado e Ayanna Tenório, ex-diretores do Banco Rural, além de Vinícius Samarone, atual diretor do banco.
A ex-diretora e ex-vice-presidente do Banco Central, Ayanna Tenório, 46, é acusada de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e gestão fraudulenta de instituição financeira.
De acordo com o processo da Procuradoria-Geral da união, Ayanna teria autorizado a renovação de dois impréstimos irregulares. “A denúncia contra ela é kafkiana, surreal”, reclama advogado de Ayanna Tenório Lewandowski, no entanto, concordou com o advogado da ré, que defende a tese de que Ayanna cuidava apenas da área de recursos humanos do banco e apenas seguiu orientação de José Salgado ao aprovar a renovação do empréstimo.
Já o ex-vice-presidente do Banco Rural Vinícius Samarane, acusado de formação de quadrilha, evasão de dívidas, lavagem de dinheiro e gestão fraudulenta de instituição financeira, é colocado como o diretor de controle interno que deixou de comunicar às autoridades sobre os saques do valerioduto e as irregularidades nos empréstimos.
Mas Lewandowski afirmou que não há provas suficiente para afirmar que Samarane participou da negociação dos empréstimos ou que ele teria autorizado o empréstimo, defendendo que o réu não era diretor quando os saques ocorreram.
Na última segunda-feira (3) o ministro relator Joaquim Barbosa leu seu voto pedindo a condenação dos referidos réus do “núcleo financeiro”, Kátia Rabello, Vinícius Samarane, Ayanna Tenório e José Salgado.
Barbosa condena empréstimos concedidos pela cúpula do Banco Rural BATE-BOCA - Como frequentemente tem ocorrido no julgamento da Ação Penal 470, os ministros Joaquim Barbosa e Ricardo Lewandowski se opuseram nos votos e, mais uma vez, bateram boca.
Após o voto de Lewandowski, Joaquim Barbosa, por ser o relator e discordar do voto do ministro revisor, pediu a fala e argumentou para reafirmar que Ayanna Tenório e Vinícius samarane são, sim, culpados e envolvidos no esquema.
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