A coligação ‘Pra Seguir em Frente’ denunciou na tarde desta terça-feira (4) que a pesquisa eleitoral realizada pelo instituto Ibope, contratada por um veículo de imprensa local, não estava apresentando o nome da candidata a prefeita de João Pessoa, Estela Bezerra (PSB).

Como ocorre no Recife, trata-se de mais uma briga entre socialistas e petistas.

A coligação da candidata Bezerra enfrenta o candidato Luciano Cartaxo (PT).

Como aqui, o presidente Lula também já gravou guia para Cartaxo.

No guia do PT local, o prefeito de João Pessoa, Luciano Agra, do PSB, afirmou ter sido impedido pela legenda de disputar a reeleição no pleito deste ano.

O presidente do PSB Ronaldo Barbosa explicou que o próprio Luciano Agra enviou carta renúncia ao partido, abdicando o direito a reeleição.

Além disso, depois que resolveu voltar atrás na decisão, participou da convenção do partido em João Pessoa, disputando candidatura com Estela Bezerra, escolhida pela maioria dos militantes socialistas.

A coligação da candidata Estela Bezerra foi à justiça pedir direito de resposta no guia do candidato Luciano Cartaxo (PT) devido às declarações.d Segundo a denuncia do PSB, um dos entrevistadores do instituto foi flagrado realizando a pesquisa sem o nome de Estela e foi detido pela Polícia Militar, no bairro da Torre.

Em seguida, ele foi encaminhado para o cartório da 70ª Zona Eleitoral, onde prestou depoimento.

O coordenador jurídico da coligação, Marcelo Weick, reclamou de suposto perigo de pesquisas com indícios de manipulação, e garantiu que a coligação tomará as providências penais e cíveis contra os responsáveis. “O próprio instituto confirma que tem erro no material, que falta o nome de Estela, então não temos como acreditar na pesquisa.

Isso induz o eleitor indeciso, que faz sua opção na hora da pesquisa”, respondeu Weick.

Ele disse ainda que é possível formalizar uma pesquisa junto ao TRE, mas apresentar outra a população, manipulando os resultados. “Na teoria, se cumpre os requisitos formais, mas na prática, os pesquisadores utilizam material irregular”, afirma.

O coordenador ainda disse que o eleitor deve fiscalizar casos semelhantes, onde pesquisas trazem erros, e denunciar os responsáveis para as autoridades. “Isso não pode ficar impune, é uma tentativa de manipular, de induzir o eleitor”, declarou.