Um dia depois do encontro do senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) encontrar-se com o candidato socialista Geraldo Júlio, em evento de campanha, neste domingo, em Campo Grande, o coordenador financeiro da campanha de Humberto Costa criticou a associação entre os antigos adversários.
Peixoto começou a sua fala na CBN ironizando a parceria. “Eu gostaria de saber a razão para Jarbas ser recebido com tapete vermelho na campanha de Geraldo”, questionou.
Falando pela Frente das Oposições, no debate da CBN, agora há pouco, o deputado federal Sílvio Costa, do PTB, disse que o discurso era indevido e a argumentação exdrúxula.
No ataque, o aliado dos socialistas citou o deputado federal do PP de São Paulo, Paulo Maluf. “É natural Maluf apoiar Haddad em São Paulo?
Do ponto de vista ético, Jarbas é mil vezes melhor do que Maluf”, avaliou.
Não ficou só nisto.
Costa usou uma frase forte para classificar o suposto estado de espírito dos petistas. “Vocês estão magoados com Eduardo Campos sem motivo.
Primeiro, porque se ele se define por qualquer um dos nomes, lá atrás, teria os outros como inimigos.
Vocês passaram o tempo todo brigando.
Também sabem que, se fosse lançado João da Costa contra Daniel e Mendonça, todos perderíamos a eleição.
Há uma fadiga de material com o PT”, acusou.
No revide, Dilson Peixoto lembrou que o próprio Sílvio Costa já havia criticado muito Jarbas (possivelmente a serviço de Armando Neto, que brigou com Jarbas mas agora está ao lado novamente na Frente Popular). “Jarbas fez críticas virulentas até a honra de Arraes”, observou.
Para Silvio Costa, os petistas não podiam olhar pelo retrovisor, apenas, uma vez que no passado já houve quem no PT (Paulo Rubem Santiago, hoje no PDT) tivesse chamado Arraes de Caduco e Pinochet de Pernambuco.
Diante da elevação do tom, o petista fez também uma declaração mais enfática, ao anunciar o que seria a diferença entre Jarbas e Maluf. “A diferença entre os dois é que, lá em São Paulo, nós reunimos todas as forças para derrotar o PSDB e Serra.
Aqui, a diferença é que aceitaram Jarbas (no palanque da Frente Popular) para nos derrotar. É como se fizessem isto (aceitar Jarbas) para derrotar Armando (Monteiro Neto)”, comparou.
Sílvio Costa voltou a rebater, afirmando que a aliança não foi feita para derrotar o PT. “Foi para derrotar Mendonça, por acaso?”, ironizou mais uma vez Dilson Peixoto.