Na Folha de São Paulo de domingo O governador do Ceará, Cid Gomes, 49, joga água na fervura da rixa entre o PSB, seu partido, e o PT e considera um erro tentar nacionalizar as eleições municipais. “Já disse à presidente Dilma que estarei com ela em 2014”, afirma, minimizando a possibilidade de o governador de Pernambuco e presidente do PSB, Eduardo Campos, se lançar ao Planalto.

Para ele, questões locais levaram às disputas entre os dois aliados -inclusive em Fortaleza, onde lançou candidato contra o indicado da prefeita Luizianne Lins (PT).

O sr. lançou candidato contra o nome da prefeita Luizianne Lins em Fortaleza.

Por quê?

Temos uma aliança importante, que quero preservar.

Fiz tudo que estava ao meu alcance para apoiar um nome do PT.

Mas a prefeita tem uma avaliação muito ruim e, a despeito disso, impôs um candidato.

Lançar um candidato sem viabilidade, para perder?

Vou apoiar isso em nome de quê?

Procurei Dilma, Lula, Rui Falcão.

Ninguém fez nada, então me senti liberado.

Esse quadro se repete em várias capitais.

O PSB ensaia rompimento com o PT?

Alguns tentam propalar a tese de que o PSB está se contrapondo ao PT, mas a verdade é que cada capital tem sua realidade própria.

Tentar nacionalizar a disputa municipal é irracional, ilógico.

Já disse à presidente Dilma que vou apoiá-la em 2014.

O sr. não acredita na candidatura do governador Eduardo Campos a presidente?

Em 2010 vivemos situação similar, mas inversa.

Ciro [Gomes, irmão de Cid] queria ser candidato, e Eduardo defendeu que o PSB se fortalecesse regionalmente e apoiasse Dilma.

O que mudou? É o troco no veto a Ciro?

Não faço política com vindita.

Só acho que o PSB não está maduro para ter um candidato a presidente agora e que a lógica é apoiarmos a reeleição da presidente Dilma.