Por Angelo Castelo Branco Coube ao engenheiro francês e revolucionário urbanista Louis Léger Vauthier, nascido em 1815 e morto em 1877, a realização de uma série de obras e de planejamentos até então inéditos na história das grandes cidades brasileiras, como por exemplo a adoção de gabaritos para a altura das calçadas, abertura de grandes corredores de tráfego, construção de pontes, etc.
Vauthier chegou ao Recife em 1841 e aqui permaneceu ate 1848 a convite do então prefeito Rego Barros, o conde da Boa Vista.
No exercício de um cargo público de diretor administrador de obras, que chefiou com enérgica autoridade, ele marcou fortemente sua passagem pelo Recife deixando um acervo que se incorporaria ao patrimônio histórico da capital pernambucana tais são os exemplos do Teatro de Santa Izabel, a Ponte de Santa Izabel, a antiga ponte pensil sobre o Capibaribe na localidade de Caxangá (destruida por uma enchente), o mercado de São José e residencias particulares importantes nas margens do Capibaribe como o solar do barão Rodrigues Mendes, atual sede da Academia Pernambucana de Letras, no bairro da Jaqueira.
Na Praça da República, no centro do Recife, existe uma estátua com a sua figura feita pelo escultor pernambucano Abelardo da Hora em 1974 quando o prefeito do Recife era Augusto Lucena.
Nela se pode ler um pequeno texto registrado em seu pedestal e assinado pelo sociólogo e antropólogo Gilberto Freyre, autor da obra “Um engenheiro francês no Recife”, editora Jose Olimpio, publicada em 1960: “Louis Léger Vauthier amou o Recife, cidade a que serviu devotadamente de 1841 a 1848 com a sua ciência, com a sua inteligência e com o seu humanismo.
O Recife lhe é grato”.