(Foto: divulgação) A presidente da República, Dilma Rousseff (PT), deve entrar nas campanhas petistas ainda em setembro.

Após o anúncio, na tarde desta sexta-feira (31), de que Dilma participará da campanha de Fernando Haddad (PT), em São Paulo, petistas do Recife se mostraram mais confiantes para a entrada da presidente na campanha de Humberto Costa. “O PT nacional informou que o engajamento será o mesmo nas campanhas de São Paulo, Recife e Fortaleza.

Então a nossa expectativa é de que a presidente comece a participar da nossa campanha, também”, informou Humberto Costa, via assessoria.

Ainda não se sabe se ela atuará somente nos guias eleitorais, com gravações com os candidatos, ou se participará de forma mais ativa, como Lula, comparecendo às campanhas de rua.

Mas se depender dos petistas, ela atuará da forma mais ativa possível, já que o partido está em situação delicada em algumas capitais do país.

A confirmação da entrada de Dilma é providencial.

O apadrinhamento de Lula não tem se mostrado muito eficiente.

A campanha de Humberto no Recife não consegue crescer nas pesquisas e algumas já revelam uma queda de cerca de 10% das intenções de voto.

Em Fortaleza, onde o PT tem a prefeitura, o candidato Elmano Freitas (PT) aparece na terceira colocação, com 15%, logo atrás do socialista Roberto Cláudio, que tem 16%.

Em Belo Horizonte, onde o PT reagiu contra o PSB pelo rompimento em Fortaleza e Recife, o PT também figura atrás do socialista Márcio Lacerda, que tenta reeleição e tem 46% das intenções de voto, enquanto o petista Patrus Ananias aparece com 30%.

Dilma Rousseff, que tem atingido índices de aprovação superiores aos dos ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT), foi convocada a participar das campanhas petistas pelo país.

Ela não gostou muito. “O melhor que posso fazer pelos petistas é continuar fazendo um bom governo.

A campanha é com eles”, afirmou há alguns meses.

Mas o lançamento de candidatura por parte do PSB de Eduardo Campos nas cidades de Recife, Fortaleza e Belo Horizonte acenderam o sinal de alerta na cúpula nacional petista, que reivindicou a participação da presidente nas campanhas.

Derrotas nestas capitais revelaria um crescimento do PSB sobre o PT, preparando o terreno para uma candidatura presidencial de Eduardo Campos (PSB) já em 2014, num enfrentamento com Dilma.