A confiança do consumidor brasileiro na economia aumentou em agosto pelo segundo mês consecutivo, revela a pesquisa Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (INEC), divulgada nesta quinta-feira, 30 de agosto, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
O índice subiu 0,4% ante julho e 1,3% na comparação com o mesmo mês do ano passado.
Ao atingir 113,4 em agosto, o indicador retomou o patamar de dezembro de 2011, o melhor desde fevereiro daquele ano.
Os três componentes do índice que puxaram o INEC para cima em agosto foram os de situação financeira, compras de bens de maior valor e expectativas quanto ao desemprego.
Segundo a pesquisa, o destaque positivo foi a situação financeira, que melhorou 2,1% em relação a julho e 1,9% em relação a agosto do ano passado.
O componente de expectativas quanto ao desemprego teve uma melhora de 1,3% em relação ao mês passado, saindo de 126,1 para 127,7.
No entanto, ainda está 1,3% abaixo do verificado em igual mês de 2011. “Em junho, quando começaram a sair notícias de que a economia não ia tão bem, esse componente caiu muito (de 135,2 em maio para 124,6 em junho).
Agora, na ausência de outras notícias ruins, é o terceiro mês seguido de recuperação”, afirma o economista da CNI, Marcelo Azevedo.
O componente de compras de bens de maior valor também teve variação positiva na pesquisa realizada entre os dias 16 e 20 deste mês, com 2.002 pessoas de todo o país.
O indicador saiu de 110,3 em julho para 112,1 em agosto, num aumento de 1,6%. “Foi uma recuperação importante em um indicador que não costuma variar tanto.
Talvez as informações de renovação dos incentivos à economia, como a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para alguns setores. tenha influenciado a disposição do consumidor para as compras”, analisa Azevedo.
O índice de endividamento da população, no entanto, caiu 1,8% em agosto na comparação com julho, refletindo o aumento do percentual de entrevistados que afirmou que suas dívidas cresceram.
O indicador ainda está 2,2% acima do verificado no mesmo mês do ano passado.
O mesmo ocorreu com o componente de expectativas da inflação, em que os entrevistados respondem se estão preocupados com a evolução dos preços nos próximos seis meses.
O indicador recuou 1,1% em agosto em relação a julho. “Apesar de ser a terceira queda consecutiva desse item, não há motivos para preocupação, porque ele está em patamar elevado, 8% acima do de agosto do ano passado”, diz Azevedo.