Não há ninguém infalível, isto é um fato da vida.
Portanto, os institutos de pesquisas podem errar, no todo, ou em parte.
Apesar desta contatação, é uma questão de honestidade, de justiça, dizendo melhor, ressaltar os acertos das pesquisas realizadas pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN) para o Jornal do Commercio, nestas eleições.
Não porque elas são feitas para o Sistema Jornal do Commercio de Comunicação, como poderiam assacar os inimigos deste grupo de comunicação, mas porque estavam apontando para tendências fidedignas.
A divulgação de duas pesquisas de opinião, nesta quarta-feira, simultâneas, Datafolha e Vox Populi, acabou por comprovar a tese acima.
Não ocorreram apenas virulentos ataques.
Houve candidato que perpetrou tentativas de embargo judicial. É um direito, não se vai negar, é lógico.
Haveria procedência nesses ataques?
Os resultados do IPMN são muito semelhantes e, em alguns casos, praticamente iguais aos dos demais institutos (Opinião, Método, Datafolha, DiárioData, Ibope, Vox Populi), que fizeram 13 levantamentos neste ano no Recife.
No caso da Nassau, em relação aos demais institutos, acredito que ocorra ainda a ação do preconceito contra os santos de casa, que não costumam fazer milagre, segundo reza a lenda.
Quem sabe quem faz as pesquisas do Datafolha?
Quem sabe quem faz os levantamentos do Vox Populi?
Como são alvos visíveis, a instituição local é atacada.
Não se trata de nada de novo sobre a terra, é claro.
Aqueles que estão atrás nas intenções de voto veem os institutos como inimigos, sem idoneidade, sem qualidade técnica; imputam-lhes interesses venais e os acusam de estarem mancomunados com os adversários, culpando-os de influenciar o comportamento do eleitor (voto útil), etc.
Quando o staff de campanha de determinado candidato toma conhecimento dos resultados adversos de uma pesquisa (se fossem favoráveis, não haveria reclamação, ela estaria correta, refletiria o “clima das ruas”), descarrega toda a sua ira em cima do instituto.
No entanto, à medida que se olham as pesquisas eleitorais num lapso de tempo mais prolongado, sem a impregnação emocional do torcedor, observa-se que há grande semelhança nos seus resultados.
Quando é feita aferição de tendência de intenção de votos para os mesmos candidatos, por meio de levantamentos sucessivos de vários institutos de pesquisa, chama a atenção o fato de que, ainda que oriundas de diferentes fontes, realizadas em dias diferentes de cada mês (porém, próximos), com suas metodologias distintas, as intenções de voto não diferem muito de uma fonte para outra.
Depois, os institutos são os maiores interessados em que sua imagem não seja objeto de deslustre, de questionamentos quanto à ética e à idoneidade, e empregarão todas as suas competências para apresentar bons resultados, que serão seu cartão de visitas para as eleições seguintes e a fonte de suas receitas financeiras.
Vamos ver onde tudo isto vai parar, afinal, em pouco tempo.