Um novo capítulo na tentativa de resolução do passivo trabalhista e da falta de pagamento aos fornecedores de cana pela Usina Cruangi será realizado nesta quarta-feira (29).
A Procuradoria Regional do Trabalho da 6º Região promoverá uma audiência com o deputado Aluisio Lessa e dirigentes da Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco (AFCP), Sindicato dos Cultivadores de Cana do Estado (Sindicape), Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetape) e comissão dos funcionários da unidade industrial.
O objetivo do encontro é elaborar um acordo entre as partes para que seja liberada a cana de açúcar para ser moída imediatamente a fim da usina quitar o passivo.
Além de salários dos trabalhadores, a Cruangi deve mais de R$ 8 milhões aos fornecedores de cana, no entanto, a usina alega não poder quitar o débito em virtude de bloqueios judiciais, dentre eles o impedimento de cortar a própria cana pronta para moagem.
Neste sentido, a audiência buscará um entendimento na tentativa de buscar consenso à liberação da moagem da cana estimada em 600 mil toneladas.
Caso a proposta alcance êxito, esta renderia cerca de R$ 25 milhões, se a cana fosse negociada com outras unidades, mas poderia render muito mais se a própria usina processar a matéria prima para transformação de etanol, chegando a cerca de R$ 63 milhões, e poderia ainda remunerar mais 25% desse valor, caso a produção fosse direcionada à fabricação de açúcar. “Assim, podemos dar mais uma voto de confiança a unidade industrial, fornecendo a cana dos produtores independentes para que se inicie a moagem para resolução dos passivos, mas, precisamos de garantias para receber pela matéria prima ofertada e pendente”, diz Alexandre Andrade Lima, presidente da AFCP.
A audiência, que será realizada às 14h, será conduzida pelo procurador-chefe da Procuradoria Regional do Trabalho da 6º Região, Fábio Farias.
Catende – Outro capítulo de outra pendência com usina no estado será realizada nesta quarta-feira (29).
A Usina Catende vai a leilão público pela terceira vez.
O leilão será realizado às 15h, no Fórum Desembargador Rodolfo Aureliano.
O lance mínimo dessa vez é de R$ 39 milhões. “Não acredito no seu arremate mais uma vez”, diz Andrade Lima.
O dirigente avalia que o valor ainda está acima do valor de mercado, sobretudo, diante da crise em que vive o setor sucroenergético no país, em decorrência da falta de política pública e pela falta de definição com relação ao etanol.